29.5.09

Um autor cristão que não escreve para ditar fórmulas prontas

Acredito que me tornei escritor para colocar no lugar certo algumas palavras usadas e abusadas pela igreja da minha juventude.

Senti-me motivado a escrever porque, para mim, isso foi como se frestas de luz se transformassem em uma janela aberta para outro mundo.

Comecei a valorizar, em especial, a qualidade libertadora da palavra escrita. Os oradores das igrejas que fequentei podiam levantar suas vozes e manipular as emoções como quem toca um instrumento musical. Mas sozinho, em meu quarto, controlando cada virada de página, encontrei-me com outros embaixadores da fé - C.S.Lewis, G.K.Chesterton, John Donne -, cujas doces vozes atravessaram o tempo para convencer-me de que, em algum lugar, viveram cristãos que conheceram a graça e a Lei, o amor e o julgamento, a paixão e razão.

Tornei-me escritor por causa do meu próprio encontro com o poder das palavras, porque percebi que palavras estragadas e distanciadas de seu sentido original poderiam ser recuperadas.

(Philip Yancey - Alma Sobrevivente)

Juliana Dacoregio, no blog Anseio Criativo

posso dizer que o primeiro autor cristão decente que li foi Philip Yancey. ele por sua vez me abriu caminho para tantos outros de inestimável importância no meu histórico de leitura.

2 comentários:

Chicco Salerno disse...

Por essas razões é que penso que a pregação bíblica não deve ser seguida por apelos de quaisquer espécies.

A pregação bíblica é dirigida à consciência do individuo para que ele dela se aproprie e chegue às suas próprias conclusões, tome quantas decisões forem necessárias para aplainar seu caminho.

O reducionismo que os tais apelos trazem em seu bojo acabam por limitar a abrangência e o alcance da Palavra pregada.

Wellington Albertini disse...

Ahh Philip Yancey!
Li o Maravilhosa Graça esse ano e achei fantástico! Alma Sobrevivente também está na minha lista de próximas leituras!

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