Ao contrário do que muitos imaginam, a felicidade no trabalho depende mais da postura do próprio trabalhador do que do chefe, dos colegas ou do salário. Ao menos, esta é a opinião do psicólogo Willian Mac-Cormick Maron.
De acordo com ele, as pessoas precisam se sentir realizadas e completas, sem apenas pensar no retorno financeiro ou na popularidade que ganharão, sendo que o trabalho precisa ser encarado como um fim em si mesmo e não apenas um caminho para se alcançar a felicidade.
“Se relacionarmos felicidade a apenas poder, ter, comprar e ser admirado pelo que temos e não pelo que somos ou gostamos de fazer abre-se um vazio existencial (…) É preciso colocar-se como responsável por sua vida e seu trabalho”, afirma.
Mudando de postura
Ainda na opinião de Maron, em vez de reclamar das atitudes do patrão, da empresa, do trabalho, dos colegas, do salário, entre outros, as pessoas precisam refletir sobre a própria postura e pararem de transferir a responsabilidade pela própria felicidade a coisas ou pessoas
“O que eu faço de diferente? Por que eu mereço um aumento? Como posso melhorar neste ambiente? Será que não é o momento de buscar outras oportunidades? (…) O ser humano, muitas vezes, liga a felicidade a outra pessoa ou um bem material, mas é preciso primeiramente sermos felizes conosco”.
As afirmações do psicólogo vão ao encontro das reflexões da consultora da Career Center, Adriana Néglia, para quem a responsabilidade do sucesso na carreira é do próprio trabalhador. "Conduzir sua própria carreira e não deixá-la nas mãos da empresa em que trabalha é essencial para ser bem-sucedido", diz.
Pesquisa
Em 2008, uma pesquisa realizada no Reino Unido revelou que a felicidade no trabalho depende de um conjunto de manobras por parte das empresas.
Na ocasião, 57% das pessoas decidiram se manter no emprego porque tinham um grande interesse pelo trabalho que desenvolviam, 56% ficaram graças ao bom relacionamento com os colegas, 48% porque sentiam que, no atual emprego, tinham qualidade de vida e conseguiam equilibrar trabalho e vida pessoal, e 44% ficaram no emprego porque o salário era compensador.
fonte: Info Money [via UOL]
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