26.7.06

Lamentações de Caio Fábio

Meu irmão:

Graça e Paz!

Lamento de todo o coração que você veja a vida como “Veja” a vê!

Lamento que sua visão seja tão mundana e marketeira acerca da existência!

Lamento que, para você, ‘crescer’ seja ser objeto da mídia!

Lamento que para você cursos “superiores”, fajutos, e que não têm correspondência nem de saber e nem de postura nas vidas de seus “proprietários” — é que qualifiquem as pessoas como maiores ou superiores!

Lamento que você um dia tenha me admirado pela inteligência e pela cultura, e não pela verdade da Palavra!

Lamento que você ache que “Isto é” uma benção; e que está é a “Época” dos evangélicos; pois, se assim é, de fato estamos diante do “Isto não é”; e da “Época do Nada!”

Lamento ler você comparando os pastores entre os “maiores” e os “secundários”; e pior: ouvi-lo dizer que os “secundários” devem puxar o saco dos “maiores” para chegarem lá.

Lamento que “lá”, que é um lugar de fantasias e de personas divorciadas de si mesmas e da verdade, seja o trono que sua alma busca alcançar!

Lamento que você ache que nesse batalhão há apenas um fora do compasso da marcha do Evangelho; pois, se é assim, então, meu irmão: Jesus enganou o mundo; pois, se está tudo conforme Ele ensinou; e mais: se o que há não é perversão total do Evangelho — então, saiba: Jesus enganou o mundo!

Lamento que você não tenha em momento algum sequer percebido que minhas observações têm exclusivamente a ver com a minha fé; e que elas são APENAS as mesmas coisas que eu dizia à mídia no tempo em que você, talvez sem nem entender o que eu dizia, afirma que lhe davam “alegria”; pois, meu irmão, quem um dia gostou do que eu disse, não tem como não me entender hoje; posto que digo AS MESMAS COISAS.

Lamento que você não esteja nem aí para o Evangelho; para o que Jesus ensinou; mas apenas para as performances populescas de algo que do evangelho só carrega o nome como estelionato!

Lamento que você tenha feito uma confissão tão patética acerca de você mesmo quando me escreveu essa carta de adolescente!

Lamento que você seja amigo e colega de gente tão danosa ao Evangelho; aliás, os mesmos que já denuncio desde o tempo em que você, sem ter um neurônio falando com o outro, achava tudo lindo e inteligente!

Lamento que na sua cegueira, você leia, e não entenda; ouça, e não discirna; veja e não enxergue; pois, quem diz que algum dia admirou e gostou do que eu disse, ou mudou demais, ou não tem memória, ou é esquizofrênico; posto que quem diga amém ao que disse e digo, não diz amém ao que eles dizem, fazem, e ensinam.

Lamento que, à exceção do Marcio da Alagoinha, que é um homem bom, os demais, meu mano, não possam dar uma única resposta à “Veja” na minha frente; pois, eles não teriam coragem; afinal, não sou “Veja”, mas enxergo; não sou “Época”, mas vivo Naquele que não é de “Época”, mas Senhor de todas as Eras. Ora, é por isto que eles sabem que eu não ficaria jamais calado diante de todas as mídias do mundo, se a divulgação da mentira tentasse passar por verdade.

Lamento que você ache que tenho algum problema com evangélicos na mídia. Sim, porque é, para mim, como se espíritas estivessem se passando por discípulos do Evangelho; enquanto pregam a reencarnação. Para mim a perversão é semelhante!

Lamento que afirmando o que você afirmou, para qualquer um que discirna um mínimo da mente humana, fique impossível não ver quais são suas motivações; e de que material você é feito!

Lamento que você tenha se tornado (se é que um dia foi diferente – eu já conheci você escrevendo o que eu achava feio) um ser tão plastificado e tão sem percepção do que é o Evangelho!

Lamento que você me tome por você, e ache que para mim mídia é privilégio!

Lamento sua ignorância; pois, meu irmão, não dou entrevistas justamente porque conheço a mídia e sei o que ela quer; e mais: porque hoje sei que ela trabalha sempre contra o Evangelho, mesmo quando parece estar a favor.

Lamento que você pense que estou onde estou por falta de alternativa. Afinal, meu irmão, não há lugar mais fácil para se fazer qualquer coisa rapidamente, do que o “seu meio”, o meio de “seus amigos”, o meio de seus “colegas”. Meu irmão, nesse meio, se eu quisesse, HOJE, virar o jogo, em qualquer que fosse a direção, em meu favor — conforme o que você chama de “meu favor” — seria a coisa mais simples do mundo; e, aí, nem você, e nem vocês todos, juntos e somados, teriam o poder de mudar nada contra mim. Todavia, saiba: EU NÃO QUERO! Sim, jamais faria um mal desses à minha alma!

Lamento que você leia o Evangelho e, mesmo assim, escreva uma carta que não resiste ao que Jesus disse: “Entre vós não é assim!”

Lamento que o que seja elevado entre os homens tenha se tornado o que é elevado para você; e que o que é elevado para Deus, tenha se tornado o que é abominável e desprezível para você!

Lamento ter que repetir o óbvio: meu irmão, a História e a Eternidade mostrarão quem estava falando a verdade de Deus e com que motivação! Espere!

Todavia, lamento muito lhe dizer, que esta sua carta, agora é História. Sim, e que ela, na História, servirá para ilustrar o nível de cegueira, de entorpecimento e de intoxicação fantasiosa que possui a sua alma e a de seus colegas de “Veja” não viu!

Quando, daqui a não muitos anos, lerem este site (que é História), o que todos verão, meu irmão, será uma pobre e patético pastor, ventando suas cegueiras espirituais, e com as categorias mais idólatras e pagãs possíveis.

Sim, sua carta, mais do que todos os seus livros, fez você entrar para uma História entre os homens; além de que ela, a sua carta, também se tornou um precioso e ilustrativo documento acerca da cegueira desta geração!

Sim, lamento que sua carta tenha contado tanto acerca da sinuosidade de sua alma, da pobreza de suas motivações e da mundanidade total de seus valores!

A única coisa que não lamento é que “Veja” tenha poupado os seus colegas; alguns deles, mesmo com seus nomes escondidos por muita grana de políticos, do Brasil inteiro (mas especialmente políticos do Rio, São Paulo e Brasília)—foram poupados. Não lamento, portanto, que seus nomes não tenham aparecido nas corrupções de milhões (eles sabem que sei), pois, seria trágico. Digo isto mesmo sabendo que não mudarão; e mesmo sabendo que ainda que hoje eles estejam aliviados com o fato do nome de deputados evangélicos estarem aparecendo como “sanguessugas”, e não o deles; pois, é por tal cortina de fumaça que estão até agora protegidos. Dúvidas? Mande-os falarem comigo!

Eu, meu irmão, sou um homem de uma Linha só. Mas você é Linhares!

Vejo o que você e “Veja” não viram e nem verão; pois, quem diz amém para “Veja”, como “Veja” ficará; ou seja: cego!
“Eles se tornam semelhantes aos seus ídolos!”“Filhinhos! Fugi dos ídolos!”

Nele,

Caio

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