20.9.06

Hilário eleitoral (1)

Ei, ei, Eymael, você achava que a figura mais engraçada desse horário eleitoral gratuito seria o Enéas sem barba? Como diria o candidato mato-grossense a deputado estadual Tenente Lara, no hilário eleitoral a onça bebe água, o couro come e a coruja canta. O Casseta & Planeta que se cuide, porque o programa político está de matar de rir. Matar em sentido figurado, claro. Mas, se o eleitor tiver realmente um infarto, pode contar com o velório a R$ 1, proposta de Diano, candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo Partido dos Aposentados da Nação. O velório é a esperança de quem passou mal porque comeu no restaurante de R$ 1 e comprou na farmácia de R$ 1 um remédio que não funcionou. Depois de ver programas como esse, o eleitor vai se perguntar, usando o slogan do candidato a senador pelo obscuro Partido Humanista da Solidariedade (PHS) em São Paulo: "Doutor Cury, o Brasil tem Cura?".

Que miasma pútrido, hein?, diria Enéas, do Movimento dos Sem Barba, para em seguida completar que "o meu nome não exala odor mefítico, porque não chafurda no pântano da ignomínia!". Enéas, desculpe a intromissão e perdoe a nossa ignomínia por ter de consultar o Aurélio para saber o que é miasma, mas aí vai um toque: ignomínia tem acento. Na legenda que acompanha seus pronunciamentos, a palavra está grafada erradamente. Deu zebra, não é deputado? Zebra? O digníssimo eleitor se cansou de votar em candidato que parecia preparado, mas depois de eleito se mostrou uma verdadeira zebra? Então vote no Zebra de uma vez! Zebra é o nome do candidato ao Senado pelo Partido Social Cristão em Mato Grosso, que aparece numa vendinha mexendo num saco de farinha e avisando: "Todos são farinha do mesmo saco. A turma do Ali Babá estão (sic) unidos!".

Para não derrapar no português, o Zebra e o Enéas deveriam seguir o conselho de Walter Regenor, candidato a deputado estadual pelo mesmo PSC em Mato Grosso: "Leitura é luz", diz. Ele aparece segurando um livro na mão. Depois, diz que, com o livro, ensinou o eleitor a gostar de poesia; e, com o voto do telespectador, vai ensiná-lo a valorizar o Brasil.

fonte: revista Época

4 comentários:

Anônimo disse...

"Mas, se o eleitor tiver realmente um infarto, pode contar com o velório a R$ 1, proposta de Diano, candidato a deputado estadual no Rio de Janeiro pelo Partido dos Aposentados da Nação. O velório é a esperança de quem passou mal porque comeu no restaurante de R$ 1 e comprou na farmácia de R$ 1 um remédio que não funcionou".

Gente, parece piada mesmo! Tomar o tempo do eleitor, e o fazer ouvir tantas barbaridades! Eles querem nos matar a todos, mas, não é de rir não, é de vergonha mesmo!

Anônimo disse...

Para não derrapar no português, o "Zebra e o Enéas deveriam seguir o conselho de Walter Regenor, candidato a deputado estadual pelo mesmo PSC em Mato Grosso: "Leitura é luz", diz. Ele aparece segurando um livro na mão. Depois, diz que, com o livro, ensinou o eleitor a gostar de poesia; e, com o voto do telespectador, vai ensiná-lo a valorizar o Brasil".

Pensa! Uma proposta dessa, vai muito além da idéia e si: "Leitura é Luz". Pô, isso pode resolver o problema de apagões. Com a falta de chuva, logo haverá racionamento de energia!
"Depois, diz que, com o livro, ensinou o eleitor a gostar de poesia; e, com o voto do telespectador, vai ensiná-lo a valorizar o Brasil".

O negócio é delirar, viajar na maionese, fazer qualquer coisa para iludir os incautos!

Anônimo disse...

É o circo dos ridículos e mentirosos! Por essa razão é tão grotesco!

Anônimo disse...

éia de acabar com os apagões vá lá! rss...

..."com o livro, ensinou o eleitor a gostar de poesia". Como assim? Só segurando o livro?...

Cada uma!

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