- Base: fala, da Porteira (do Inferno, região da Rocinha)!
- Tá dominado. Bagulho de deputado, comboio de deputado. Se tiver alguma coisa, bala vai comer!
trecho do papo entre soldados do tráfico que monitoraram a visita de Alckmin à favela da Rocinha (RJ).
14.9.06
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7 comentários:
Não entendi essa nota.
Entendi que, os traficantes estão autorizando a entrada de Alckmin, fizeram a revista nele e em seu pessoal e autorizaram a sua entrada na favela.
O que fica carracterrizado que traficante não é bobo, não confia em político, se bobiarem serão abatidos a tiros! Eles não dão a mão para esses caras, não deixam que peguem suas crianças no colo, sem antes averiguar todo o bagulho que trouxeram consigo. Eles estão errados? Já temos vistos que, traficantes são bandidos declarados, enquanto políticos são bandidos disfarçados e protegidos por seus cargos e por dinheiro amealhado de forma ilícita e escusa. A grana dos traficantes, pelo menos, todos sabem de onde vem. Há mais clareza no seu patrimônio, são mais verdadeiros que os políticos que temos visto. O povo da favela não é bobo. Vai dar moleza para político, por quê? O caso aí e de facção oposta! Eles se defendem como podem, mas tudo às claras!rss...
"- Tá dominado. Bagulho de deputado, comboio de deputado. Se tiver alguma coisa, bala vai comer!"
Essa foi muito boa!
Facções oposta foi tudo! É verdade! Já disse um post aí atrás, que temos que votar nesse bandidos por falta de opção. Imaginem o candidato em questão sendo inspecionado pelos traficantes, o papo que rolou!rss...
- Dá mole prá esse cara não, mano! Essa bandidage aí, tem proteção dos cara.E nóis aqui no morro, temo que cuidá dos nosso patrimônio, sacô?
E a cara do candidato? Queria saber qual foi o discurso dele lá,
depois dessa recepção toda! O camarada deve ter amarelado que só!
"Ossos do ofício"! Tá pensando que é fácil o mundo da política. Tem seus percalços também!
É bom que os políticos passem por essas saias justas. Quem sabem pensam no que fazem, quando (des)governam o país. Não fora assim, os traficantes não teriam o poder bélico que tem, não dominariam o tráfico de drogas até de dentro dos presídios, não teria o dinheiro que tem. E o que disseram acima, é o que acontece. Há duas facções de bandidos nessa história: a dos assumidos e a dos dissimulados.
Se não foram bandidos, enquanto políticos, ao menos foram coniventes, tolerantes ao crime, permissivos para que a situação no país chegasse onde chegou. Não estamos muito distantes da Colômbia, nem geografica e nem politicamente. A situação interna do país é lamentável, em todos os sentidos. Vivemos uma situação insustentável.
Nós, como povo, temos a nossa parcela de culpa, pois os governantes corruptos são conhecidos de longa data. No entanto, muitos deles estão no poder há décadas. São reeleitos por quem? Se a população vende o seu voto, dobra-se por ofertas descabidas, portanto se corrope e é culpada por isso. Há que se levar em conta a ignorância de muitos. Porém, a nossa omissão não pode ser poupada. Podemos enquanto educadores, detentores dos meios de comunicação e como cristãos, conscientizar e politizar o povo. A nação está apodrecendo. Conta-se nos dedos àqueles que têm caráter, que não se deixa contaminar. Pensávamos, até pouco tempo, que quando tivéssemos no poder pessoas cristãs tudo seria diferente. E o que vimos! Nossos representantes evangélicos nos envergonharem perante toda a nação, comprometerem o caráter de toda à comunidade evangélica. E ainda, vemos comunidades cristãs, pastores, assumindo reponsabilidades perante esses políticos. Compromentendo o evangelho, ao assumirem públicamente apoio a corruptos conhecidos, a bandidos dissimulados que estão aí no poder, destruíndo e delapidando a nação, moral e financeiramente. Não podia me furtar a esse arrazoado, sinto-me ultrajada enquanto ser humano e parte dessa nação, e também como cristã.
Só vejo uma saída agora: "olhar para o alto, de onde vem a nossa redenção"! Maranata!
Tá dominado pelo pecado!
Para o cristão na net, a notícia na íntegra, que saiu na Folha de São Paulo de hoje.
Tráfico monitora Alckmin em favela
Visita de candidato do PSDB à Rocinha é motivo de troca de mensagens por rádio entre traficantes
"Se tiver alguma coisa, bala vai comer!", diz um deles; chefe de associação diz que não houve negociação para incursão tucana no morro
Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) acena enquanto é fotografado em laje na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro
RAPHAEL GOMIDE
DA SUCURSAL DO RIO
Monitorado o tempo todo por soldados do tráfico, que trocavam informações por rádio-comunicadores, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, fez uma visita de quase duas horas à favela da Rocinha -considerada pela polícia o principal entreposto de drogas do Rio de Janeiro.
Na Rocinha, Alckmin passou por becos, vielas e locais que, na descrição de moradores, são normalmente perigosos e dominados por traficantes. Estava acompanhado de William de Oliveira, presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha -preso ano passado, suspeito de associação para o tráfico. Nenhum traficante armado foi visto no caminho.
Desde a chegada, a movimentação da comitiva do candidato foi acompanhada por "olheiros", que relatavam por rádio o que acontecia:
- Base: fala, da Porteira (do Inferno, região da Rocinha)!
- Tá dominado. Bagulho de deputado, comboio de deputado. Se tiver alguma coisa, bala vai comer!
Apesar do monitoramento dos criminosos, não houve nenhum incidente durante a visita. Pela comunicação ao rádio, os traficantes nem sabiam ao certo quem era o visitante. "Deputado Geraldo de não sei que lá com presidente da associação!" Outro disse depois: "Vários deputados subindo... Montão de bandeirinha amarela."
A vigilância era feita até de motocicleta. Na parte alta do morro, quando Alckmin já descia por vielas, um rapaz na garupa de uma moto, pistola na cintura e vestindo colete à prova de balas, alertava ao rádio-comunicador: "Estrada da Gávea: tranqüilo!"
Sem reforço
O chefe da equipe de segurança de Alckmin, formada por policiais federais, disse que não houve reforço pelo fato de visitarem a Rocinha. Ao ouvir que o grupo foi monitorado, não pareceu surpreso: "Normal."
Questionado pela Folha logo no início da visita, William de Oliveira já afirmara que não tinha havido nenhum tipo de aviso ou negociação da associação com traficantes para permitir a ida do político à favela.
"Não precisou conversar com ninguém. A mídia divulga, e as pessoas sabem. A comunidade é tranqüila, e a Rocinha sempre foi uma "mãe", recebendo bem as autoridades. O tráfico não se impõe. Autoridade nenhuma deve ser impedida de andar em nenhum lugar; aliás, nem pessoa comum", disse.
Segundo ele, a associação pediria ao candidato projetos de urbanização e planejamento familiar e uma vila olímpica. Oliveira reclamou que Lula não esteve nenhuma vez na Rocinha durante o mandato. "Houve três oportunidades em que quase veio, mas sempre cancelou aos 45 minutos do segundo tempo", disse. Em março do ano passado, Lula desmarcou visita à favela 10 dias após a prisão de Oliveira.
Em uma laje no alto do morro, localizado na rica zona sul carioca, Alckmin criticou o lançamento, às vésperas da eleição, de programa de habitação popular da Caixa Econômica Federal, feito ontem em Brasília com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O PT ficou quatro anos e não fez nada. A Caixa Econômica estava mais preocupada em violar o sigilo de um nordestino pobre, o Francenildo, rapaz honesto", disse, em referência à quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo Costa, pela qual o ex-ministro Antonio Palocci foi indiciado.
O barbudão nem se atreveu a ir até lá! É só mais uma de suas promessas!
Vai, acredita no "homi"!
Fala, eles não são organizados? Não é qualquer mané que vai dando entrada na favela, não! Alí há segurança! A segurança é feita com seriedade!
Mais fácil é roubar os museus, o patrimônio público, a taça "Julies Rimet". Garanto que se tivesse sido guardada por eles não havia sumido, estava protegida e preservada até hoje! Também, é mais fácil entrar e sair da cadeia, transferir quantias incalculáveis de dinheiro público, para o exterior, entre outras coisas. Mas, entrar na favela sem revistar os bagulhos dos deputados e autoridades, nem pensar!
Também, que confia em político no Brasil?
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