Uma mosca rodeia o rosto do vaidoso ex-presidente argentino Carlos Menem, 76. Por fim, pousa sobre seu nariz. Alguém logo entrega ao político um spray de Raid para que ele tente acabar com o inseto. O resultado é um homem que comandou a Argentina por quase dez anos (1989-99) -e que acaba de se lançar outra vez candidato- em uma situação absolutamente ridícula. "Se ponho mais, mato a mim mesmo", diz Menem.
Um a um, respeitando a ordem histórica, os oitos presidentes que governaram a Argentina desde a redemocratização, de Raúl Alfonsín a Néstor Kirchner (quase todos desafetos uns dos outros), são "vítimas" do mesmo tipo de ironia.
Os responsáveis são os diretores e produtores do documentário "Yo Presidente" ("Eu Presidente"), que chega aos cinemas argentinos nesta quinta-feira.
"Olá, pessoal, este velho bigodudo é o presidente Raúl Alfonsín", afirma o próprio Alfonsín (1983-1989), 79, em close de câmera, apresentando-se à posteridade a pedido da equipe do filme. De repente, seu celular toca, e o espectador percebe que ele não sabe usar o aparelho.
"São esses os presidentes que pudemos conseguir? São esses os que merecemos? Eles têm as características que mostram o pior do povo argentino. São um Frankenstein do que nós somos", diz Luis Majul, jornalista e produtor do filme.
fonte: Folha de S.Paulo
17.10.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Pensei que presidente estupido fosse "privilegio" nosso. Resta saber quando brasil entrara nos trilhos. Se bem que do jeito q as coisas anda é capaz do trem passar por cima de nós! hehehehe
Esta noticiaa lembra uma banda brasileira: Los Hermanos. A diferença é que nela tem o Marcelo Camelo. Na Argenrina parece que os bichos sao outros. huahuahuahua
Postar um comentário