A experiência do casamento com uma crente, diz Guilherme, foi transformadora. "Você não sabe como a mulher evangélica é muito melhor. Eu estou amando pela primeira vez."
O ex-mulherengo ressalva, porém, que não basta amar a própria mulher. É preciso não cobiçar as outras. "Não é simples: eu me doutrino para não perder a disciplina." Como?
"A cobiça é o quê? O olho. Então, pra que eu vou acessar um site de mulheres peladas, com aquelas gostosas de quatro? Pra quê, se eu tenho uma mulher linda em casa?"
Sua índole mudou? "Não. O evangélico tem consciência de que a carne ministra contra o espírito e que é preciso conter isso. Quando você me rondou para dar a entrevista e pensei que poderia ser mais um repórter disposto a fazer o mal, meu primeiro ímpeto foi te odiar.
"Você se considera um assassino? "Andei fora do caminho de Deus. Na nossa igreja não existe pecadinho e pecadão. Todos estão perdoados, a partir do momento do batismo, mas perdoados por Deus. Na rua, pode-se continuar a pagar..."
Enquanto paga, ele se tranqüiliza com uma certeza inexorável: "Daqui a cem anos, tudo estará resolvido".
trecho 5 da entrevista de Guilherme de Pádua à Folha de S.Paulo.
16.10.06
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