12.10.06

Querida, encolhi a bancada (4)

O escândalo da CPI dos Sanguessugas atingiu em cheio a bancada evangélica da Câmara. Dos 60 deputados que compõem a Frente Parlamentar Evangélica atualmente, apenas 15 continuarão no cargo a partir do ano que vem. Entre os que não se reelegeram ou não se candidataram, 16 foram citados como envolvidos no esquema de compra superfaturada de ambulâncias. Nenhum dos reeleitos estava sob suspeita da Justiça.

"A bancada foi reduzida quase à metade e o escândalo dos sanguessugas foi o maior responsável", conclui o sociólogo Ricardo Mariano, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e autor de pesquisas sobre a participação política dos evangélicos. "A questão da ética e da moralidade é algo brandido em toda campanha evangélica e esses escândalos pegaram muito mal, principalmente no interior das igrejas", acrescenta.

Com ou sem o apoio da igreja, nenhum dos deputados evangélicos investigados pelo esquema de compra superfaturada de ambulâncias conseguiu se reeleger. "Embora algumas igrejas não tenham impedido a candidatura dos acusados pela CPI, a punição foi dada pelos fiéis", diz o professor Ricardo Mariano ao avaliar o mau desempenho dos evangélicos no pleito realizado dia 1º.

O caso dos sanguessugas é atribuído pelos líderes da Assembléia de Deus a uma "jogada política" para reduzir a bancada evangélica e com isso facilitar a aprovação de projetos polêmicos como a discriminalização do aborto. Os fiéis, no entanto, não gostaram de ver a conduta de seus representantes colocada em dúvida e limaram os acusados.

O presidente do Conselho Político das Assembléias de Deus, pastor Ronaldo Fonseca, diz que desde a divulgação do esquema das ambulâncias, os evangélicos já sabiam que haveria redução drástica da bancada. "O maior grupo era o nosso. Já sabíamos que aconteceria essa redução porque houve um massacre da mídia com esse escândalo dos sanguessugas. Dos nove integrantes da Assembléia que foram citados pela CPI, sabemos que sete não tinham culpa nenhuma", afirma o pastor.

Derrotas desse tipo estão levando os evangélicos a reavaliarem sua estratégia de acão política, estimulando-os a considerar até mesmo a ampliação da frente parlamentar, de modo a incluir católicos . Um dos novos líderes revelados pelas urnas do dia 1º, Bispo Rodovalho (PFL-DF), defende que haja maior prioridade à ética e à luta por mudanças sociais.

fonte: boletim Congresso em Foco

Jogada política? Sete inocentes mas não há nenhuma prova?

Aproveitando a data p/ a exclamação, "Nossa senhora"!!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

"Derrotas desse tipo estão levando os evangélicos a reavaliarem sua estratégia de acão política, estimulando-os a considerar até mesmo a ampliação da frente parlamentar, de modo a incluir católicos . Um dos novos líderes revelados pelas urnas do dia 1º, Bispo Rodovalho (PFL-DF), defende que haja maior prioridade à ética e à luta por mudanças sociais".

Isso já é apelação! Por que não mudam, não voltam para a verdade , para ética e para o compromisso com Deus e com o próximo? Isso é o certo, não procurar católicos e outras denominações para moralizar-se. E isso é operação no erro!A Bíblia é a nossas conselheira e nosso Estatuto de Ética, não pessoas por melhores que sejam!

Anônimo disse...

agora a culpa é da mídia? O fato é que pegaram os deputados crentes metendo a mão e envergonhando os sevos de Jesus. Nao vai tapar o sol com peneira

Anônimo disse...

"Jogada política? Sete inocentes mas não há nenhuma prova?"

Lembrou-me os sete pecados capitais!

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