A pesquisa foi sobre os anseios que ainda ocupam a mente, o peito e o et cetera daqueles e daquelas com mais de 65 anos. 1500 deles e delas. Algumas surpresas. Ao contrário do que se esperava, não são – não somos? – críticos contrários aos modos de vida da garotada. Pelo contrário. Morrem de inveja.
O que eles e elas querem mesmo é sexo, roquiendirôl e birinaites. A maior parte diz que, se pudesse viver sua vida de novo, peitaria com mais vigor os patrões, além de mudar com mais freqüência de emprego.
A questão mais popular entre os velhinhos (dou o nome aos bois, ou boys) é, assim como entre vocês, garotada, sexo. Seguida de sexo e depois de mais sexo. Todos eles lamentam não terem tido mais sexo. Todas elas também. Culpam os modos e costumes do pós-guerra, quando tiveram de enfrentar outros inimigos: a hipocrisia da sociedade e um suposto código de boas maneiras.
70% da turma gostariam de ter queimado mais incenso no altar de Vênus, para usar de um eufemismo que, mesmo por volta de 1945, já caducava. Uma boa quantidade de gente abre o jogo para valer: 300 deles (nunca esquecendo que há elas aí) preferiam ter se casado com outra pessoa.
Os velhos uma hora querem uma coisa, outra hora querem outra. Por exemplo: 32% das senhoras pesquisadas preferiam não ter perdido a virgindade com a idade que perderam. Mas gostariam de ter feito mais sexo, confere? Tãotá.
Diz o ditado que a juventude é desperdiçada com os jovens. A velhice também é desperdiçada com os velhos, é o que se depreende.
Ivan Lessa, em sua coluna na BBC.
24.10.06
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2 comentários:
precizo bater um papo com meu avo. Sera que o veio tambem ta na fissura?
Vou começar a frequentar os asilos.
Que é isso, a moçada tá parada que só, enquanto os velhinhos botando prá quebrar, no sentido amplo da palavra!
O que estamos fazendo nesse mundo? Será que precisaremos envelhecer para saber o que é bom? Ou quando envelhecermos não saberemos para que serviam essas partes?
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