Coca-Sek é um refrigerante amarelado baseado em cocaína. […] Ela tem um gosto refrescante, ligeiramente amargo como limonada. [O empresário David] Curtidor diz que ele e sua mulher gastaram seis anos desenvolvendo o sabor. A bebida é natural, ele diz, como um chá – e, diferentemente de cocaína, não faz mal algum.
Quando o produto foi apresentado ao público, Curtidor e seus sócios quase não conseguiram atender à demanda. O primeiro lote de 3.000 garrafas de Coca-Sek – literalmente ‘Coca do Sol’ – foi vendida de presto. Outras 40.000 garrafas foram vendidas ao longo dos dois meses seguintes, principalmente no sul do país.
Eles têm um objetivo: recuperar a imagem da planta da coca, de consumo tradicional em toda região andina. Sua empresa já fabrica um chá popular e um vinho de coca – o repentino sucesso da bebida energética não é apenas motivo de felicidade.
Logo nos primeiros meses, foram pegos de surpresa pela única engarrafadora do país. A fábrica recusou-se a vender-lhes os vasilhames. Tem motivo: pressão de uma certa multinacional aflita com o nome da Coca-Sek.
O passo seguinte foi um processo judicial para evitar o nome. A Coca-Cola entrou com peso total. A turma da Coca-Sek argumenta que o nome vem da planta andina com a qual sua bebida é feita. Se a Coca-Cola se aflige com as conotações que o nome traz ou com a ameaça que sua bebida pode um dia despertar, problema dela.
A Justiça irá decidir.
Pedro Doria, no
29.11.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
E dá-lhe coca!
Postar um comentário