14.11.06

Vivendo com propósitos

Aos 31 anos, Carlos Luciano da Silva, gaúcho de Porto Alegre, Mineiro, o volante do São Paulo, é o que se pode chamar de um cidadão pacato, discreto, diria até "low profile", não existissem, ainda bem, palavras em português para defini-lo.

O cartunista Ziraldo inventou o personagem Mineirinho, o Comequieto, muito antes de Mineiro aparecer para o futebol, em 1997, no Rio Branco de Americana. A trajetória dele foi tão singela quanto seu modesto 1,69 m, com passagens pelo Guarani, pela Ponte Preta e pelo São Caetano até chegar ao São Paulo, no ano passado, e à Copa do Mundo deste ano, pela seleção brasileira.

Provavelmente, se estivesse em campo, não teria deixado Zinedine Zidane pintar e bordar no jogo que decretou, em Frankfurt, o fim do sonho do hexacampeonato. E talvez Mineiro até tivesse marcado um gol.

Não que seja um artilheiro, do mesmo modo que não é um volante de dar pancada, tanto que jamais saiu expulso de campo em dez campanhas em Campeonatos Brasileiros, embora seja um marcador vigilante e um passador eficiente. Ah, já marcou 15 gols em Brasileiros. Mas não só: de uns tempos para cá, deu para fazer gols decisivos. Como o do Mundial de Clubes, contra o Liverpool. Ou como o contra o Santos, domingo retrasado. Ou como o contra o Goiás, ontem, além do mais, belíssimo, de fora da área, cheio de veneno. Antes, havia marcado na terceira rodada, contra o Santa Cruz, o terceiro da goleada por 4 a 0.

O São Paulo quer renovar seu contrato por mais quatro anos e informa que as negociações estão adiantadas e muito bem encaminhadas para um final feliz. Talvez haja uma proposta que liquide a questão e a torne definitivamente irrecusável para este chefe de família de poucas palavras e jeito dócil: a de renovar por dez anos, até 2 de agosto de 2016, quando ele completará 41 anos, com mais duas Copas do Mundo nas costas, sabe-se lá quantos títulos e gols em momentos essenciais.

Porque Mineiro é desses jogadores raros que não se pode perder, mesmo num time tetracampeão nacional cujo segredo parece ser não ter nem um atleta que não saiba o que fazer com a bola.

Juca Kfouri na Folha de S.Paulo.

na foto, eu e o filho do Mineiro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Bonito na foto que só, né Pava?
Bom dia amor! Passei aqui só para te ver! Já estou com ele te esperando, tá more? Aparece!
Beijus!

Anônimo disse...

Bom dia SP!
Fãs e + fãs...rsrs
Tá bonitão na foto, como sempre!
Super bjo e um ótimo dia!

Anônimo disse...

Moreno lindão!!!!!!
bjoka querido

Anônimo disse...

Jah que o editor naum canta, canto eu: Salve o tricolor paulista!

Anônimo disse...

O editor aqui é palmeirense, melhor porco!É o que dizem dos torcedores desse time!rsss

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