Zoológico do Morumbi

Durou apenas um almoço. Depois de anunciar a intenção de incluir a carne de avestruz na refeição de seus atletas, a Comissão Técnica do São Paulo suspendeu a dieta. A medida serve para, segundo o fisiologista Turíbio Leite de Barros Neto, dar “uma gelada” nos criadores que divulgaram o fato e estavam informando o mercado que iriam fornecer regularmente porções para o quase campeão brasileiro de 2006.

No mês passado, Turíbio, o técnico Muricy Ramalho e o preparador físico Carlinhos Neves participaram de um almoço no CT da Barra Funda. Uma empresa que produz e comercializa o alimento armou um churrasco que teve também a participação dos jogadores. “O Rogério Ceni adorou”, conta Turíbio.

A idéia era fechar um acerto para fornecimento semanal da carne de avestruz. Para isso, era preciso que os criadores encontrassem um jeito de cobrar o mesmo preço de carne bovina. Hoje, o quilo sai – em média – R$ 40. Pelo mesmo peso, é possível comprar picanha por R$ 25. De lá para cá, o São Paulo entrou para o repertório da Associação Brasileira de Criadores que, antes mesmo de formalizar um acerto, espalhou para o mercado a novidade.

Esta atitude irritou os são-paulinos que se sentiram usados para promover vendas. Turíbio admite, no entanto, que pode introduzir a "dieta da avestruz” a partir do ano que vem. “A carne é macia, magra e tem o gosto parecido com o filé mignon”, afirma.

fonte: Terra Magazine

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