"Beowulf", o clássico da literatura anglo-saxã que foi adaptado para o cinema por Neil Gaiman, foi uma das maiores inspirações de outro épico: O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien (1892-1973).
O escritor e sua amizade com outro mestre da literatura de fantasia, C. S. Lewis (1898-1963), autor de "As Crônicas de Nárnia", são objetos de estudo do livro O Dom da Amizade, da editora Nova Fronteira.
Com autoria de Colin Duriez, o título aborda, entre outras coisas, os anos de formação dos dois autores, seu encontro, em 1926, na Universidade de Oxford, e suas experiências com a Primeira Guerra, para analisar as influências que um teve nas trajetórias pessoal e profissional do outro.
Tolkien reputava ao apoio de Lewis sua persistência para concluir "O Senhor dos Anéis". E Lewis, um ateu, teria se interessado pelo apelo "intelectual e imaginativo" da história cristã, por sugestão de Tolkien.
Duriez revela que a "conversão" de Lewis ao cristianismo, expresso na figura messiânica do leão Aslan, de "As Crônicas", foi curiosamente o que acabou minando a amizade dos dois. Tolkien não aprovava o uso da literatura como instrumento de evangelização, de que Lewis se tornou adepto.
fonte: Folha de S.Paulo
14.12.06
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
"foi curiosamente o que acabou minando a amizade dos dois".
É que as trevas e a luz não se misturam! Uma vez que a Luz no Lewis acendeu e a de Tolkien permaneceu apagada, não havia mais como combinarem entre si.
Postar um comentário