1.12.06

"Barriga" da igreja?

Em Porto Alegre, a sede da Arquidiocese e a catedral metropolitana localizam-se ao lado do palácio Piratini, a sede do governo do Estado. Formam um conjunto arquitetônico tão díspar quanto interessante, de frente para a praça que ganhou o nome do palácio.

Poucos quarteirões abaixo, pela avenida Borges de Medeiros, chega-se à prefeitura e à Câmara de Vereadores. Com tal proximidade, dá para entender que não tenha surgido do nada a influência da Igreja sobre a política no Rio Grande do Sul. Também não é obra do acaso o forte catolicismo que professa a maioria dos gaúchos.

Apesar disso, a prefeitura da capital começou a executar um programa muito interessante: nos postos de saúde das comunidades de baixa renda está aplicando anticoncepcionais subcutâneos nas jovens entre 15 e 18 anos. É uma das providências recomendadas pelos grupos que estudam o drama da gravidez na adolescência, o direito da mulher de escolher o momento de ter filhos e o crescimento dos bolsões de pobreza.

Conto-lhes isso porque, no Rio, onde a gravidez de adolescentes preocupa todos os responsáveis pelos serviços sociais, a prefeitura chegou a distribuir anticoncepcionais e preservativos no início da administração. Era uma espécie de promessa de campanha. Não resistiu, porém, à mais leve pressão da Cúria. O prefeito sabe que o problema continua e se torna cada dia mais grave. Apenas preferiu entregá-lo a Deus do que perder votos.

Xico Vargas, no blog Ponte aérea/RJ.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não entendo a postura da igreja católica? Num mundo como o de hj, não é só uma gravidez que precisa ser evitada, mas a AIDS. A postura deles está há anos luz da evolução do mundo. São retrogados demais!
Agora, o governo acompanhar essa idéia de girico, isso não dá para entender!

Anônimo disse...

É mesmo, muita caretice! Ô povo sem noção, depois dizem que são todos cultos! O tamanho do cérebro deles ninguém questiona?

Anônimo disse...

É vero! Valores distorcidos e arcaicos. O Mundo andou e eles pararam no tempo e no espaço. Não se adequaram a nova realidade e a dinâmica do tempo. Só seguem esse modelos os seus iguais!

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