15.12.06

Hagiológio

Luis Edgar de Andrade está lançando pela Objetiva um livro curioso e ao mesmo tempo de grande valia para os necessitados. "Quatorze Santos de Emergência" relata a biografia, os milagres e a eficiência de determinados santos do calendário católico em ocasiões especificas de vários males do espírito e do corpo.

É um trabalho de impressionante pesquisa, uma vez que, ao lado de santos populares como são Jorge, figuram santos quase desconhecidos pelo grande público religioso. Dono de um estilo seco, preciso e casto, Luis Edgar viajou meio mundo em busca de pormenores sobre a devoção, já antiga, a alguns santos, que são invocados há séculos para o alívio de males e aflições que a medicina tradicional nem sempre consegue curar. "Para que servem os santos?" é o capítulo que introduz o leitor no reino mágico das devoções que acompanham os crentes desde o início do cristianismo.

Historiando a vida e a lenda dos 14 santos, em conjunto ou individualmente, Luis Edgar explica, baseado nas tradições seculares, porque são Brás é invocado nas doenças de garganta, santo Acácio nas dores de cabeça, santa Bárbara para baixar a febre, são Ciríaco contra as depressões, são Cristóvão para fazer boa viagem, santo Eustáquio em situações difíceis, são Guido contra a epilepsia.

Cada qual com sua especialidade, suas orações e sua eficácia comprovada com vários depoimentos aceitos pela igreja e por numeroso grupo de fiéis ao longo dos tempos.Há um interessante capítulo: "Para cada mal um santo remédio". Por exemplo: para tiros e balas perdidas, devemos invocar santa Bárbara. Punhaladas é com santa Catarina. Não se trata de um "acredite se quiser", mas de um estudo sério que transcende a história e a lenda.

Carlos Heitor Cony, na Folha de S.Paulo.

3 comentários:

Anônimo disse...

E contra corruptos, que santo invocar?

Anônimo disse...

Se tivesse esse santo aqui no Brasil, depois do aumento do salário dos corruptos, ops, dos congressitas, seria o santo mais procurado.
Com tanto santo que a igreja católica já inventou, ainda tá faltando? Pourra!

Anônimo disse...

Com uma ironia sutil, o autor do texto chama aos leitores a um maior bom senso no exercício de sua fé.

Pessoal, na hora da adversidade, devemos nos refugiar em Deus, Ele sim nos ajudará.

Um abraço

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