No Natal, a vida, a partir da televisão, vira um inferno: mensagens edificantes, "musiquinhas" a propósito do espírito natalino (?!) e, claro, todos os tipos de apelo de consumo.
Do mais sutil ao mais ruidoso, os anúncios é que são a verdadeira alma do Natal na TV. Nós olhamos, anotamos mentalmente algumas necessidades (poucas) e outros tantos desejos (muitos), fazemos umas contas e, depois de dias a fio bombardeados pela propaganda, podemos decidir se partimos ou não para a ação.
Para as crianças, pobrezinhas, o tormento é mais profundo. Tudo que elas podem é querer, querer e querer -além de, claro, utilizar todos os seus recursos para tentar convencer os adultos da justeza e urgência de seus quereres.
Elas pedem, exigem, choram, gritam, imploram, tentam negociar, se recusam a comer... (Cada pai e mãe sabe como essa seqüência pode prosseguir, em crescendos de sofrimentos para ambas as partes).
trecho de "A TV e o pé-de-guerra entre pais e filhos", texto de Bia Abramo na Folha de S.Paulo.
23.12.06
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