7.12.06

Justiça cega, faca amolada

A empregada doméstica Angélica Aparecida Souza Teodoro, de 19 anos, foi condenada pela 23ª Vara Criminal de São Paulo a quatro anos de prisão em regime semi-aberto pelo furto de um pote de manteiga, no valor de R$ 3,20, no dia 16 de novembro de 2005, em um mercado no Jardim Maia, na Zona Leste de São Paulo. Ângela responde ao processo em liberdade. A decisão é do dia 10 de novembro de 2006.

Angélica tem um filho de 2 anos e chegou a ficar presa durante 128 dias no Cadeião de Pinheiros, na Zona Sul de São Paulo.

O advogado da doméstica, Nilton José de Paula Trindade, espera a sentença ser publicada no "Diário Oficial" para recorrer da decisão. Ele explica que quatro anos de prisão são a pena mínima para o crime cometido por Ângela, mas ainda acredita em uma revisão da sentença. “Ela (Ângela) é ré primária, tem bons antecedentes”, justifica.

Para a Ordem dos Advogados Brasileiros (OAB) de São Paulo, houve uma desproporção entre o delito e a resposta do estado sobre o caso. Por meio da assessoria de imprensa, o presidente da entidade, Luís Flávio Borges D’Urso, classificou a decisão de “inconcebível e absurda”. Ele acredita que a condenação será revista no recurso.

fonte: G1

Um comentário:

Anônimo disse...

Se a mesma regra fosse aplicada aos políticos brasileiros, na proporção do valor do roubo, muitos ou a maioria seriam condenados a prisão perpétua!
No entanto, quando a investigação é voltada para eles, o que vemos é se safarem, saírem ilesos e ainda com direito a buscar indenizações por danos morais junto ao Estado.
Ô, País...

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