24.12.06

"Meu nome é Joulupukki"

Ele existe. Não só existe como tem celular, e atende quando tem que dar entrevistas a jornalista. Com a voz mansa e um inglês fluente, mas sem "hohoho", o Papai Noel oficial da Lapônia conversou com a reportagem do G1 sobre seu trabalho e sua vida.

Ele vive na Finlândia e recebe mais de 60 mil visitantes por ano. Seu nome oficial? Joulupukki. Mas pode chamar de Papai Noel.

Ele contou que trabalha o ano todo preparando o Natal, disse que a tecnologia que usa em sua nova televisão (clique aqui para ler mais) ajuda seu trabalho, mas não vai mudar nada, e que fica muito chateado quando dizem que ele não existe.

G1 - Alô, é o Papai Noel?
Papai Noel - sim.

G1 - Gostaria de fazer algumas perguntas sobre seu trabalho.Noel
- É mais que o meu trabalho, é a minha vida. Eu vivo o Natal.

G1 - O que o Papai Noel faz o resto do ano, no verão, por exemplo?
Noel - Bem, aqui na Finlândia nós trabalhamos o ano todo em preparação para o Natal. Tudo tem que estar pronto quando chega dezembro, então não percebemos tanto a diferença. Moro no Círculo Polar Ártico, na "Cidade do Papai Noel", e temos visitantes o ano inteiro. Lá, recebo 700 mil cartas o ano inteiro, e tento, juntamente com meus ajudantes, ler todas as que chegam. Num único dia, contamos 52 nacionalidades diferentes entre nossos visitantes.

G1 - Algum brasileiro?
Noel - Sim, há dois dias tínhamos dois casais de brasileiros aqui. A Finlândia ama o Brasil, por mais que tenhamos uma língua tão diferente.

G1 - O sr. já veio ao Brasil? O que achou?
Noel - Fui, adorei o país, quando o visitei há alguns anos. Não fiz nada turístico, mas visitei crianças em hospitais, fiz alguns passeios oficiais. Gostei muito do país.

G1 - O que o sr. acha das pessoas que se vestem como o sr. por todo o mundo nessa época do ano? Eles são amigos ou concorrentes?
Noel - A idéia é trabalharmos juntos, numa concorrência saudável, para deixarmos as crianças felizes. Toda a idéia é fazer as crianças sorrirem, quem estiver fazendo isso está trabalhando corretamente, se estiver vestido como Papai Noel.

G1 - O sr. falou que ainda recebe cartas, mas já usa e-mail e celular também, além de estar na televisão. A tecnologia está mudando a forma de comunicação com o Papai Noel?
Noel - Infelizmente muitas crianças do mundo ainda não têm acesso a essas tecnologias, por isso ainda valorizamos muito as cartas, até porque elas trazem mais que o texto, trazem desenhos, trazem as formas que saem das mãos das crianças. A tecnologia ajuda, mas não vai mudar nada.

G1 - Como o sr. se sente quando vê alguém dizer que o sr. não existe?
Noel - Fico muito triste, mas não por mim. O mais chato é ver que há pessoas que perderam seus sonhos, e isso é mal. Eu sou Papai Noel, mas represento muito mais que o que sou, toda a mágica do Natal, que é muito importante que todos vivam.

fonte: G1

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