Vimos por meio destas mal ou bem advertir que no ano que vem:
Os religiosos fogosos, os sociólogos burocratas e os operários de gravata continuarão negando o que fizeram com as criancinhas carentes, escreveram de coerente nas teses de mestrado ou que se sentiram coitados e humilhados nos chãos das fábricas em que ralaram quando eram desconhecidos.
Não é improvável que os aviões continuem batendo cabeça onde as idéias sobre prevenção e segurança estejam fora de controle dos psicopatas mais graduados. Assim, os analistas consultados, consultores contratados, oculistas especialistas e demais advogados indignados poderão cobrar à vista e os olhos da cara pela viagem de seus honorários a cada 50 minutos cravados!Será caro e será mixo, como convém a quem se acostuma a comer lixo.
O colete a prova de balas se tornará equipamento obrigatório para o tráfego e o tráfico dos cidadãos civilizados. Qualquer semelhança com o Vietnã não terá sido mera coincidência, mas reincidência, ou burrice mesmo.
Os burros, portanto, continuarão colocando os cargos e os bois na frente dos tubarões para serem sangrados e carneados em licitações.
Pode ser que o futuro mantenha esse gosto ultrapassado que sentimos no presente, quando não de algo muito mais antigo ou conservador.
O negócio das ambulâncias ficará menos doente, custeando as epidemias dos deputados patrocinados para pô-las de qualquer jeito em seus bons estados de origem... Mas no fim, o que importa é que todos foram, são e serão curados, eleitos e absolvidos dos pecados. Graças a Deus!
Fernando Bonassi, na Folha de S.Paulo.
27.12.06
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