Mistério: estudo mostra que uma reza retroativa ajudou pacientes anos depois da internação
Um amigo médico, Décio Mion, me fez conhecer um estranho debate que ocupou, de 2001 a 2003, as páginas do seríssimo "British Medical Journal".
Premissa: várias pesquisas, há tempos, mostram os efeitos positivos da reza numa variedade de condições patológicas.
Documenta-se que o doente encontra benefícios (quanto ao andamento de sua enfermidade) no ato de rezar ou na consciência de que seus próximos rezam por ele. Até aqui, tudo bem: o paciente acharia assim uma paz de espírito que melhora sua evolução.
A coisa se complica: às vezes, as pesquisas mostram que a prece traz benefícios mesmo quando alguém reza por um doente sem que ele próprio saiba disso. Como explicar esses casos?
Talvez o benefício seja fruto de uma intervenção caridosa da divindade solicitada, mas essa explicação depende de um ato de fé que não cabe na interpretação de uma pesquisa científica.
Além disso, é curioso que os benefícios apareçam seja qual for o deus ou o intercessor que receba a oração.
trecho de "O poder da reza", texto de Contardo Calligaris na Folha de S.Paulo.
27.12.06
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