16.12.06

Vento apostólico (3)

Obrigado, VEJA, pela reportagem "Entre a cruz e a cadeia" (6 de dezembro). Deus pode até ser brasileiro, mas não podemos acusá-lo de sonegador fiscal nem estelionatário. Ele não faz apologia de fraude financeira, falsidade ideológica. Dai a Cesar o que é de Cesar e cadeia aos falsários da fé, que tentam enganar o povo brasileiro.
Décio Amorim Pimentel
Salvador, BA

É inacreditável que tantas pessoas sejam iludidas por "religiões" ou igrejas cujo interesse é somente enriquecer seus líderes. Se todos usassem a razão e o bom senso, nada disso aconteceria.
José Rubens do Amaral
Valinhos, SP

Não querendo ser advogado do diabo, mas já sendo, um dos expedientes mais usados por marginais travestidos de pastores, bispos e apóstolos é o de, exatamente, culpar o demônio pelas artimanhas deles próprios. Nesse contexto, a própria Justiça parece acreditar em tão esfarrapada desculpa porque se nega a colocar na cadeia celebridades do submundo do crime em tantos templos pseudo-evangélicos no Brasil.
Rogério de Carvalho e Silva
Brasília, DF

Já não era sem tempo. As autoridades deveriam atentar para essas igrejas que, em meio a sessões de descarrego, alardeiam a cura de doenças, em cenas patéticas em quase todas as redes de TV do país, aproveitando-se da inocência e do desespero das pessoas, enchendo seus bolsos de dinheiro. Mas elas estão inertes diante desse exército de charlatães, enganadores e estelionatários. É inacreditável que em pleno século XXI enganadores desse tipo ainda tenham lugar em nossa sociedade.
Clovis Siqueira Cardoso
São Paulo, SP

Sou evangélica há mais de trinta anos. Fico muito triste com as notícias que às vezes leio em jornais e revistas. A prosperidade sem um conceito bíblico pode levar à ambição, e a ambição leva ao pecado, e o pecado às vezes à cadeia.
Vanda A.
Itaúna, MG

A reportagem da igreja evangélica Renascer deixa qualquer um chateado, pois parece que seus fundadores pensam somente no financeiro. Gostaria de ressaltar que conheço alguns trabalhos sociais dessa igreja e espero que não sejam interrompidos ou encerrados, como por exemplo: ajuda a drogados, expresso da solidariedade (serve jantar aos desabrigados), ajuda às famílias, abrigos e albergues etc. Não defendo seus dirigentes das falcatruas levantadas, mas temos de reconhecer e fortalecer esses trabalhos sociais que são de grande importância para as famílias assistidas e para as cidades atendidas.
Geraldo Francelino
Bocaiúva, MG

cartas publicadas na semana passada na Veja.

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