14.1.07

Lavagem gospel (12)

De acordo com a mãe do piloto de helicóptero Márcio José Borba de Melo, ele viu e viveu as seguintes situações:

Malotes na madrugada
“Meu filho vinha há tempos muito preocupado com o fato de, quase sempre durante a madrugada, ter que levar malotes e os bispos para o haras deles, em Atibaia (interior de São Paulo). Eram vários malotes que eram trazidos por carros blindados, vinham em carreata mesmo, até o Campo de Marte, que era de onde o helicóptero decolava. Ele contou pra mim: ‘mãe, estou sendo coagido a voar de madrugada, pouso num lugar que não tem pista nem heliporto e faço tudo pelo farol do próprio helicóptero, mas tenho filhos para criar’. Ele tinha medo de ser parado pela polícia e acabar respondendo também por aquilo.”

Perrier e cavalos
“Além dos malotes, acontecia também de levar caixas lacradas. Uma vez, ele recebeu um telefonema do escritório da Renascer, na região central da capital paulista, mandando ele levar uma caixa para o haras em Atibaia. Ele ficou preocupado, porque ia sozinho e não queria ser pego com alguma coisa comprometedora. Abriu a caixa e lá dentro tinha 12 garrafas de água Perrier para levar para a filha dos bispos. (Fernanda, de 25 anos). Ela estava com sede. Outra vez, a Fernanda telefonou pedindo para ele comprar uma caixa de fraldas para o filho dela e levar para o haras. Várias vezes meu filho passou na igreja para pegar envelopes e levar até outros haras. Na primeira, ele tocou, viu que era dinheiro e disse ao bispo Lalá (Laerte dos Santos) que para levar precisava saber quanto era, até para não ser acusado depois se faltasse uma parte. Levou um envelope de R$ 800 mil, em dinheiro vivo, outro de R$ 500 mil e mais um de R$ 700 mil – todos para a compra de três cavalos.”

A morte
“Reunimos a família na véspera do Natal. O Márcio ficou a tarde toda preocupado, olhando pela janela para ver o tempo. Disse que teria que levar os bispos às 23h30 até o haras. Isso gerou uma discussão na família, todo mundo achou absurdo. Ele disse que, se não fosse, perderia o emprego, porque já tinha sido avisado disso. Disse que o ano que vem seria diferente, porque já estava arrumando outro emprego. Saiu calculando estar de volta pouco depois da meia-noite, para dar uma bicicleta, vestido de Papai Noel, ao filho. Mas foi obrigado a fazer duas viagens, para levar outros convidados deles. Morreu aos dez minutos do dia 25, na volta, porque foi obrigado a fazer um vôo durante a madrugada em um lugar sem pista de pouso, exausto. Estevam Hernandes me abraçou e disse: ‘Sei de sua dor porque também perdi um filho. Ele era um filho pra mim’. Sônia me disse que Jesus morreu com 33 anos, mas ainda me deu mais três para aproveitar meu filho. Perguntei a ela porque meu filho foi obrigado a fazer aquele vôo. Ela disse que ele se ofereceu.”

Aparato
“Fomos apresentados aos bispos, por insistência do meu filho, na Lins de Vasconcelos (principal templo da Renascer, na região central da capital). Depois de um culto da bispa, descemos uma escada, por uma porta camuflada e vimos um monte de seguranças. Um ambiente meio estranho para uma igreja. Eles vivem assim. Depois, começaram a insistir muito para a gente ser batizado na Igreja.

fonte: Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

ORAI PELOS VOSSO PASTORES!

Será que foi falta de oração dos membros, ou falta de vergonha desses dois?

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