No rol das coisas não-recomendadas, está o álcool. Em 2004, no casamento dela com o empresário Phillipe Carrasco, de 27 anos, filho da pastora da Vida Nova Ivonne Muniz, os convidados brindaram com refrigerante, suco e água. Os dois se conheceram na igreja. Phillipe coordenava uma das células, denominação dada aos grupos menores que se reúnem durante a semana para orar e estudar textos bíblicos. Seu jeito sério, com um quê de tímido, encantou Patricia, que foi à luta. Puxava papo com ele aqui, trocava olhares acolá, até que virou namoro, logo após o seqüestro dela.
Os recém-casados foram morar num apartamento de apenas 90 metros quadrados perto da igreja, na Vila São Francisco, na Zona Oeste. Eles mesmos decoraram. Nada de muito atípico, não fosse Patricia herdeira de um dos homens mais ricos do país. "Meu pai decidiu que as filhas devem viver com o padrão de vida que os maridos puderem pagar", garante Patricia, que diz apoiar a decisão. "Se não fosse assim, eles poderiam se sentir diminuídos."
Considerado um bom pregador na igreja, Phillipe é de poucas palavras se há estranhos por perto – especialmente jornalistas. "Desde o início do namoro, só tivemos experiências ruins com a imprensa", diz. Ser genro de Silvio Santos, segundo ele, nunca pesou mais do que a paixão pela mulher. Sobre a relação, cabe uma observação curiosa: a palavra final é sempre dele. "Sou submissa porque assim ensina a Bíblia", justifica a senhora Carrasco. Madrinha de casamento, a socialite Patricia Rollo (ex-Mansur) resume o que os amigos de fé pensam do casal: "Eles são um referencial para os jovens e para os mais velhos".
Nem sempre Patricia foi assim. Dos 17 aos 21 anos, a "filha número 4" encarnou o papel de pobre-menina-rica tantas vezes visto nos dramalhões mexicanos do SBT. Inquieta desde criança, era a que mais dava trabalho quando Silvio tirava o microfone da lapela e tornava a atender por Senor Abravanel – em família, todos só o chamam de Senor. E olha que a disciplina imposta por ele era rígida.
Nas duas viagens que faziam ao exterior todo ano, por exemplo, dava dinheiro às meninas depois que arrumassem o quarto do hotel. Mesada? Só a partir dos 15 anos, idade em que passavam a receber 300 reais mensais. Detalhe: com esse dinheiro, tinham de se virar para comprar roupas, pagar cabeleireiro, manicure e afins. Ninguém ganhou carro quando fez 18 anos. "Sempre enfrentei meu pai", afirma Patricia. "Se ela falou isso, pode publicar", disse Silvio a Veja São Paulo. Avesso a entrevistas, ele não quis dar declarações nem autorizou as outras filhas ou a mulher, Íris, a falar. Mas cedeu para publicação a carta que escreveu para Patricia no aniversário dela, em outubro. (continua)
16.1.07
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