Daniella Cicarelli, 26, enfim, pediu desculpas pelo bloqueio temporário do YouTube, ocorrido na última semana. Neste sábado (13), a apresentadora da MTV se reuniu com manifestantes que exigiram sua demissão do canal. A Folha Online teve acesso exclusivo ao áudio das desculpas. O encontro foi feito dentro de um estúdio, e os jornalistas não puderam acompanhar.
"Peço desculpas pelo transtorno às pessoas ligadas ao YouTube. Pessoas que eu nem conheço, nem sei quem são. Gosto de internet tanto quanto vocês", disse aos manifestantes, na presença do diretor-geral da MTV, Zico Góes e do VJ Rafael Losso, além de produtores, assessores e seguranças da emissora. A cena foi gravada pelo próprio canal, que deve usá-la na próxima semana.
O protesto estava marcado para o meio-dia, mas só começou por volta das 13h. Antes disso, os poucos jovens presentes --aficionados por informática, pelo visto-- reuniram-se no metrô Sumaré (zona oeste). A pauta de discussão ainda não era a Cicarelli, mas leis e direitos na internet, compartilhamento de arquivos na rede e como burlar uma possível censura na web.
"O [site de vídeos] Daily Motion é muito lento e o GoogleVideos não tem espaço para comentários", avaliava o organizador da manifestação, Márcio Motta, 22. No metrô, Motta dizia que o protesto era, em primeiro lugar, contra a censura na rede e depois contra "o cinismo da Cicarelli, que não representa jovem nenhum". "Além do que, ninguém mais via aquele vídeo dela. Até o da Rita Cadillac é melhor", afirmou o dono da comunidade "Protesto - Fora Cicarelli!", com mais de 13 mil usuários --bem menos que os quase 100 mil da "Eu Odeio a Cicarelli".
Já o administrador de redes Gustavo Molina retomou outra questão polêmica, o projeto-de-lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para regulamentar a utilização da internet. Segundo o projeto, o acesso sem identificação prévia deveria ser punido com reclusão de dois a quatro anos. "É impossível fazer esse tipo de censura na internet, por causa dos proxys", explicou Molina.
Internautas que tiveram seu acesso ao YouTube bloqueado na última semana (mais de 5 milhões em todo o Brasil) usaram programas "Free Proxy", que "disfarçam" sites (como o Youhide.com), permitindo a navegação "anônima" e sem rastreamento.
fonte: Folha Online
13.1.07
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