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A modelo ainda alegou que havia entrado com o processo apenas para impedir a veiculação de seu vídeo. O agravo que resultou no bloqueio do YouTube, de autoria do namorado Renato Malzoni, não possui sua influência, teria afirmado ela.
Ao sair do estúdio, os funcionários da MTV e alguns jovens do protesto se declararam em comum acordo. "Nos comprometemos a lutar pela liberdade de expressão", disse Góes. Apesar de poucos, os manifestantes se dividiram.
O comerciante Aldo Júnior, 48, chegou à manifestação atrasado, mas a MTV não permitiu sua entrada no edifício. De acordo ele, os jovens manifestantes foram cooptados pelo canal. "Vocês se venderam, e ela [Cicarelli] está se promovendo com esse caso. Foram dobrados!", gritava.
Uma boa solução para o caso, dizia Aldo, era tirar a Cicarelli do ar por dois dias. "São os dois dias que o YouTube ficou fora." O estudante Thomaz Ferrari entrou nos estúdios e viu Cicarelli de perto. Mas saiu insatisfeito. "Foi um esquema feito para abafar", disse ele."
Antes nós estávamos sem foco. Agora a gente tem um foco, que são as leis digitais", afirmou Eduardo Rodrigo, 23, que horas antes usava uma camisa com os dizeres "Queremos Justiça".
Até o organizador do protesto saiu satisfeito. Segundo ele, a Cicarelli vai se transformar, de um ícone da censura, em um ícone contra a censura na rede. No fim da tarde, ele gravou com uma equipe da MTV algumas cenas que também devem ir ao ar na próxima semana, falando sobre internet. Seus colegas, insatisfeitos, torceram o nariz ao vê-lo segurando um microfone com o logo do canal.
fonte: Folha Online
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