O arcebispo de Canterbury não é exatamente um papa da Igreja Anglicana, mas é o pároco mais respeitado, aquela figura a quem todos seus pares buscam quando há um dilema. Por tradição.
É uma Igreja curiosa: é cristã mas não é católica, tampouco protestante. Segue os ritos católicos, mas não tem poder central. E está rachada, profundamente rachada, como jamais esteve desde o dia em que sua majestade Henrique 8º decidiu fundá-la para poder se separar. (O papa, em Roma, se recusava a conceder permissão.)
Começou hoje o grande encontro dos líderes anglicanos na Tanzânia, África. Grupos de bispos estão concentrados em bunkers discutindo articulações. O problema dos párocos africanos, mais conservadores, é com a Igreja Episcopal.
Igreja Episcopal é a Anglicana nos EUA. Mesma coisa, só não leva no nome referência ao país de origem. Pinimba dos tempos da independência.
Em 2003, os Episcopais nomearam um arcebispo gay em Boston, uma das principais dioceses do país. Os africanos dizem que não aceitam menos do que a excomunhão de toda Igreja Episcopal.
Rowan Williams, arcebispo de Canterbury, pretende acomodar e pacificar as diferenças mantendo tudo como está. Não está claro, ainda, se conseguirá.
Pedro Doria, no Weblog.
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