A China conta com 300 milhões de fiéis, 23% da população e um número três vezes superior aos cálculos oficiais, segundo a primeira grande pesquisa nacional sobre crenças divulgada hoje pela imprensa estatal.
Do número total, 200 milhões são budistas ou taoístas, enquanto o restante segue doutrinas "estrangeiras", especialmente a protestante, a católica e a muçulmana, segundo a edição de hoje do jornal "China Daily".
O protestantismo - sobretudo devido à chegada de igrejas americanas - é uma das religiões que mais cresce, com 40 milhões de fiéis frente aos 16 milhões calculados em 2005, de acordo com o estudo elaborado pela Universidade de Xangai.
Publicado pela revista "Oriental Outlook", o relatório não fornece dados sobre o número de católicos, que segundo o Vaticano está em torno de 12 milhões de pessoas, nem de muçulmanos, 26 milhões, de acordo com os últimos números oficiais, quase todos na região de Xinjiang.
Segundo Liu Zhongyu, o aumento do número de fiéis não está relacionado com a pobreza, mas com "a liberdade religiosa" que o país vive e "os problemas sociais" surgidos com a modernização.
Liu ressaltou que, ao contrário dos anos 90, quando os novos crentes costumavam ser pessoas mais velhas, no século XXI os jovens representam a maior percentagem de fiéis.
Dos entrevistados, 24,1% asseguraram que a religião "mostra o autêntico caminho da vida", enquanto 28% afirmaram que "ajuda a curar as doenças, evitar desastres e garantir uma vida tranqüila".
fonte: Terra
colaboração: Sérgio Abreu
Os jovens são maioria na igreja e já há mais evangélicos na China do que no Brasil. Se os números estão corretos, trata-se de um crescimento miraculoso.
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