20.3.07

Umberto eco

"Deus sou eu. Uma música já diz isso e eu creio. Falo sempre comigo. Não terceirizo minhas dúvidas, emoções, graças. Não olho para o céu procurando nenhuma alma viva. Olho para mim. Lá dentro. Fecho os olhos e solto as palavras. Peço forças, enfim. E ele (eu) responde (respondo) para mim. Algo misterioso, lá do fundo do meu poço, se manisfesta. É como se eu soltasse a minha voz lá para dentro e ela rebatesse. É o eco da minha voz que me responde, entende? Sou eu comigo. Para o que der e vier. Acredito nisso piamente. A bem da verdade, acompanho essa conversa com uma vela que sempre acendo para Xangô. Pai da Justiça. Chamo a esse meu interlocutor de Xangô idem. Outros nomes ele tem, enfim. Cada um que se agarre firme - em si. E siga."

resposta do escritor Marcelino Freire à pergunta feita pelo Estadão: "se existe Deus, como Ele nos fala? E nós, como falamos com Ele?". A enquete foi inspirada no livro Deus e Eu, de Antonio Monda (Casa da Palavra), em que o autor fez a mesma pergunta, nos Estados Unidos, a escritores, diretores de cinema, arquitetos e ativistas políticos.

Um comentário:

Anônimo disse...

afeeeee. q vazio!

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