19.3.07

Monopólios escrotos

Que azar o desse país. Quando chega a vez de uma emissora, com bala na agulha, encarar a carioquíssima Globo… eis que a emissora vem a ser a paulistaníssima Record, à custa do sal dos miseráveis e de uma programação tão desgraçada quanto. O projeto do bispo Macedo, exaltam e rezam os seus executivos, é ultrapassar a tv da família Marinho, que, como todo mundo sabe, só virou império graças ao generoso dízimo público da Ditadura, logo no início de 2009.

A sorte nossa é que até lá, apesar da gigante exclusão digital, Globo e Record podem virar pó ou simplesmente não representarem mais tanta coisa quanto imaginam e planejam. Tomara, rezo desde já meu terço agnóstico. Que triunfem os apocalípticos, velho Humberto (sic) Eco, que as novas gerações tenham a sorte da não-dependência de monopólios escrotos -perdão, leitores, juro que tentei no dicionário um vocábulo mais, digamos assim, ameno e educado.

E que desse universo televisivo de hoje salve-se quem puder, que os bons profissas avancem e mudem de casa, mas que se salve, obrigatoriamente, Camila Pitanga, o elogio-mor da mestiçagem pós-Sônia Braga, coisa marlinda, moça que faria babar, com aquele lindo reflexo de vagaba nos cabelos, até o mestre Gilberto Freyre. Ah, tenho apenas uma mão e o sentimento do mundo todo… Sou todo aplausos!

Xico Sá, no blog Ponte aérea/SP.

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