Faltando ainda dois meses para a chegada do papa ao Brasil, a Igreja Católica já teve oportunidade de sinalizar claramente sua desenvoltura para atrair a atenção da mídia e passar seu recado conservador a respeito de sexualidade, contracepção e aborto, como sempre aconteceu em visitas de outros papas ao país.
O que resta saber é se a imprensa vai demonstrar a mesma habilidade para buscar outras fontes de informação sobre esses assuntos, sem esquecer que, por sorte, além de santos, o Brasil é o país da América Latina que conta com o maior número de estudos sobre estes temas graças à qualificação de pesquisadores e especialistas atuantes em universidades, centros de pesquisa e ONGs.
Independentemente de divergências ou convergências com as propostas da Igreja, se as vozes desses "especialistas" não contribuírem para o tão alardeado "jornalismo pluralista", podem trazer novos pontos de vistas aos quais os leitores merecem ter acesso. Melhor ainda se conseguirem imprimir novo ritmo secular que supere a monotonia uniforme dos discursos conservadores.
trecho de "A Igreja Católica pautando a mídia", texto de Maria Teresa Citeli no Observatório da Imprensa.
22.3.07
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