A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) apropriou-se de símbolos da Umbanda, como o descarrego, o sal grosso e a arruda, trouxe-os para dentro do seu culto, alegando que eles foram criados por Deus, mas que através de uma manifestação sombria esses elementos acabaram nas religiões afro-brasileiras.
A constatação é de Antonio Vieira, que apresentou dissertação de mestrado na Universidade de São Paulo (USP), em fevereiro, sob o título “Filho-de-santo ou filho-de-encosto? Conflitos e aproximações nas disputas simbólicas entre Igreja Universal do Reino de Deus e Umbanda”. Ele sustentou, na dissertação, que há trocas simbólicas entre as duas manifestações religiosas.
Mesmo presenciando histórico de preconceito e intolerância na família, pois uma avó sua é mãe-de-santo, Vieira condena conclusões apressadas da mídia em relação à IURD.
“Muitas vezes, a imprensa tem um certo tratamento com relação à Igreja Universal que é um pouco cruel”, afirmou. Ele vê na IURD um sistema religioso bem estruturado, com uma mensagem particular que faz todo o sentido para os seus fiéis, e diz que seus pastores não são um bando de aproveitadores, como muitas vezes se ouve por aí.
fonte: Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
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Um comentário:
É o fogo estranho dentro das igrejas tidas como evangélicas. Um momento novo do sincretismo religioso, antes forjado pelo catolicismo aos negros, hoje com uma proposta de combater a religiosidade distorcida e instalada. Criaram-se então uma nova proposta, ora "imposta" subjetivamente aos evangélicos.
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