8.4.07

Em que cortejo estamos?

Marcus J. Borg e John Dominic Crossan, autores do recém-lançado "A Última Semana" (Nova Fronteira, 256 págs., R$ 29,90), dão ênfase ao arroz-com-feijão. Na sua análise dos dias entre o Domingo de Ramos e a Páscoa, os autores afirmam que Jesus Cristo era, em essência, um rebelde antiimperialista e que sua mensagem era, simultaneamente, "100% religiosa e 100% política".

Tudo começa, como se sabe, com a entrada de Cristo em Jerusalém no domingo anterior à sua crucificação. Os autores lembram ao leitor que aquele líder chegava à cidade montado num humilde burrico ao mesmo tempo que Pilatos -este por sua vez num cavalo enfeitado, por outros portões, representante do Império Romano.

"Dois cortejos entraram em Jerusalém naquele dia. A mesma pergunta, a mesma alternativa, está diante dos fiéis a Jesus hoje. Em que cortejo estamos? Em que procissão queremos entrar?", escrevem.

A polaridade está montada. E será reapresentada da "fúria de Jesus no templo" à crucificação -pena destinada, afinal, aos traidores do império.A resposta à pergunta posta no primeiro capítulo aparece no último dia da Semana Santa.

"O significado antiimperialista da Sexta-Feira Santa e do Domingo de Páscoa é particularmente importante e desafiador para os cristãos de nosso tempo. [...] Os Estados Unidos são o poder imperial dominante no mundo."

trecho de matéria publicada na Folha de S.Paulo.

Nenhum comentário:

Blog Widget by LinkWithin