25.4.07

Khda (2)

Cientista sonha com era livre de papel higiênico

Siegfried Hustedt costuma ficar tomado de temor quando é forçado a usar o banheiro de outras pessoas. O papel higiênico que ele encontra nestes banheiros costuma ser colorido ou branco, listrado ou pintado. Mas apesar da aparência agradável do papel, é tudo apenas aparência - quando usado, o material barato costuma empolar e se decompor em uma pilha desagradável de celulose como "uma estrutura em relevo ruindo sob pressão". Ainda pior é a irritação de pele causada pelo papel mais áspero. Hustedt, 40 anos, costuma se perguntar por que "tantas pessoas optam por sofrer até o último rolo".

Cheio de entusiasmo, o cientista começou a se dedicar à idéia obstinada de tornar o "papel higiênico totalmente supérfluo". A idéia não é totalmente absurda: uma grande parte da população mundial não se incomoda em se virar sem papel higiênico. Os indianos e árabes se viram com a mão esquerda e um pouco de água. Segundo relatos, alguns povos nômades se limpam com areia após o chamado da natureza.

O mesmo processo de limpeza é realizado de forma mais luxuosa com os chamados "washlets" (uma mistura de vaso sanitário e bidê). Um jato suave de água do vaso sanitário limpa os traseiros aflitos. Os japoneses em particular gostam de usar os washlets para evitar o processo incômodo e se esfregarem com fibras.

Muitos proctologistas acreditam que o uso de papel higiênico seco é "errado". Preocupados com as doenças que afligem a pele sensível em torno do ânus, a Iniciativa para a Higiene Anal, com sede em Viena, recomenda a "limpeza com água corrente, em temperatura moderada" e "secar com uso de secador de cabelo".

Em termos de história cultural, o triunfo do rolo de papel higiênico nunca foi garantido. Inicialmente os americanos não viam utilidade para o uso do produto caro - e por muito tempo preferiam se limpar com papel arrancado de catálogos gratuitos. Na Alemanha nos anos 50, a compra de papel higiênico -um produto que há muito tempo se tornou uma necessidade da vida- era uma atividade extremamente embaraçosa.

Tais inibições ainda parecem existir atualmente. Mesmo um cientista esclarecido como Hustedt admite: "Ir ao banheiro não é exatamente algo pelo qual as pessoas aguardam ansiosamente".

fonte: Der Spiegel

Um comentário:

Anônimo disse...

"Ir ao banheiro não é exatamente algo pelo qual as pessoas aguardam ansiosamente".

Como não? Esse cara nunca teve constipação, em outra palavras prisão de ventre? E uma diarréia daquelas? Qualquer um nessas situações ou ficam horas no trono a espera de um milagre, ou dão tudo o que tem para encontrar o trono desocupado! rsrs
Ainda chamam o cidadão de cientista...

PS: SP meu querido, seu blog está atacado essa semana. Tenho me divertido muuuuuuito lendo esse post. Bjs gdes e um dia abençoado!Saudades...

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