Segundo nos informa Clara Mafra, na década de 1930 Madureira já era importante centro industrial e comercial, além de convergência de importante complexo ferroviário, quando lá chegou um pastor chamado Macalão, que começou a tocar violino e a pregar nos trens da Central do Brasil.
Logo foi necessário reunir os convertidos em outros lugares e ele passou a falar-lhes em galpões alugados, não só em Madureira, mas também em Bangu. Seus ouvintes eram operários, balconistas manobristas de trem, militares, serventes, ambulantes, donas-de-casa, servidores gerais.
Nos fins da década de 1940, começou a nascer o templo para abrigar aquela multidão de salvos. As dificuldades não foram poucas. O dízimo era pago à base de escambo: os fiéis levavam galinhas, ovos, patos e doces, contribuindo também com mão-de-obra, principalmente em mutirões.
Outros recursos foram utilizados para obter dinheiro vivo, até então proveniente apenas das mãos de comerciantes e industriais do lugar, que viam em Macalão um verdadeiro líder religioso. Sua credibilidade era tanta que fez passar até um concurso de miss para angariar fundos. As cartelas de votos eram vendidas pelos fiéis.
E deu-se pequena confusão. Uma feia ficou em primeiro lugar: sua família e parentes, numerosos, com muitos membros assembleianos, despejaram um número de votos invencível. O resultado foi que ganhou a feia; a bonita ficou em segundo lugar. Leia mais
trecho de "O papa em aí... mas quem cresce são os evangélicos", texto de Deonísio da Silva no site Observatório da Imprensa.
24.4.07
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