Fica tudo certo, o furto do Rabino será esquecido e ele, rapidamente, falará com propriedade, diretamente de seu altar, sobre o que é certo e o que é errado. Não reconhecerá que foi ele, e apenas ele, que cometeu o delito, e ficará escondido atrás desse ser estranho, movido por superdosagens de antidepressivos, capaz de cometer erros boçais.
Enquanto o rabino passa pela vida protegido e desculpado por sua suposta divindade, a mulher que furta leite no supermercado está presa, ignorada pelos representantes de Deus na terra, mais preocupados em incrementar seus sofisticados guarda-roupas. Se houver mesmo essa tal justiça divina, num lugar longe daqui, todos os papéis serão invertidos. E, aí sim, a brincadeira vai ficar divertida.
Milly Lacombe, no Blônicas.
3.4.07
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