Sobel ganhou notoriedade com uma atuação corajosa contra a ditadura. O jornalista Vladimir Herzog havia morrido em uma cela do Dops, o Departamento de Ordem Política e Social do regime militar. O governo afirmou que ele havia se suicidado.
Pela tradição judaica, o suicídio é um crime, e quem o comete deve ser enterrado em uma área fora dos muros do cemitério. Sobel presidiu a cerimônia de enterro de Herzog numa área nobre do cemitério judaico israelita do Butantã, em São Paulo. Era uma contestação explícita da versão oficial para sua morte, e embutia uma denúncia da existência de tortura no país. "A ditadura começou a cair ali", costuma dizer Sobel.
O ecumenismo tem sido, desde então, uma das marcas do rabinato de Sobel. Ele sempre procurou o diálogo entre as religiões, reafirmando o valor da tolerância. Essa postura encontrou resistência entre os judeus mais ortodoxos. Eles se sentem desconfortáveis com algumas das manifestações liberais do rabino. Não apenas com seus pares Sobel criou polêmica. Em entrevista à revista Playboy, disse que o celibato dos padres é contra a natureza, revoltando a Igreja Católica.
fonte: Época
3.4.07
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