Aqui entram em cena os dois personagens que mais nos interessam no momento. O primeiro é Don Imus, que gosta de se vestir de caubói e tem um programa transmitido na televisão por um canal a cabo da NBC e na rádio por uma infinidade de emissoras ligadas à CBS. Ele gosta de épater le bourgeois – espantar o burguês.
Agora ele pegou um osso mais duro de roer. Depois de criticar o estilo agressivo e as tatuagens das jogadoras negras da Universidade de Rutgers, derrotadas na final do campeonato universitário de basquete feminino, chamou-as, no ar, de “nappy-headed ‘hos”. Putas de cabelo duro.
‘Ho é uma abreviatura comum entre os negros para a palavra whore, que não chega a ser um tabu na língua inglesa e inclusive aparece com regular freqüência na Bíblia. Mas nenhuma mulher gosta de ser acusada de praticar a mais antiga profissão do mundo.
Num protesto indignado levantou-se nosso segundo figurante, o líder religioso e político, reverendo Al Sharpton, um negro bombástico que, num interessante detalhe psicológico, tem o cabelo esticado. A sorte está lançada. O reverendo contra o cafajeste.
trecho de "O cafajeste e o reverendo", texto de José Inácio Werneck no site Direto da Redação.
13.4.07
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