Mais importante do que a lição que Mel Gibson deu em Hollywood sobre desgraças bêbadas anti-semita (que elas são ruins para a publicidade) é aquela tirada de seu filme de 2004, “A Paixão de Cristo”. O filme demonstrou quantos evangélicos que vão ao cinema existem e quanto dinheiro pode ser feito com eles.
Cuidadoso com esse mercado, o estúdio Universal Pictures se uniu com a Grace Hill Media, uma empresa de relações públicas que se foca em grupos religiosos, para divulgar seu filme principal “A Volta do Todo Poderoso”.
Agendado para ser lançado no dia 22 de junho, estrela Steve Carell como um político que abandona o Congresso para construir uma arca, se baseando na história de Noé.
“Quarenta e três por cento desse país está na igreja; essa é uma grande parcela da população”, disse Jonathan Bock, presidente da Grace Hill Media. Bock foi abordado ano passado pelos executivos da Universal para ajudar na divulgação de “A Volta do Todo Poderoso”, a seqüência do filme de 2003 do diretor Tom Shadyac “Todo Poderoso”, que estrelou Jim Carrey.
Um resultado dos esforços de ArkAlmighty.com , um site que promove bons feitos. Ele sugere atos de gentileza aleatórios e ajuda congregações participantes a criar quadros on line para pedidos de ajuda e oferece serviços entre os membros.
Além disso, a Universal realizou inúmeras projeções de “A Volta do Todo Poderoso” com líderes religiosos esperando que eles recomendem o filme – com a censura de idade e um protagonista que presta atenção a um pedido para mudar o mundo – para suas congregações.
A Walt Disney Co. realizou uma estratégia similar em 2005, fazendo projeções privadas de “As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e O Guarda-Roupa” para líderes religiosos antes do lançamento oficial do filme. Ele arrecadou quase US$300 milhões em bilheterias nos EUA.
Outros estúdios foram ainda mais longe em tentar conquistar favores evangélicos. Ano passado, a 20th Century Fox criou FoxFaith, uma unidade dedicada a produção de filmes com temas religiosos.
Em comparação, “A Volta do Todo Poderoso” parece um candidate (sic) improvável para esse tipo de marketing. Ao contrário de “A Paixão de Cristo”, é uma comédia que retrata Deus de carne e osso (interpretado novamente por Morgan Freeman, vestindo um elegante terno branco). “Todo Poderoso”, que arrecadou mais de US$240 milhões em bilheterias nos EUA, foi mais conhecido pelo humor irreverente e os ataques de Carrey do que por qualquer mensagem secreta religiosa.
A Universal pode ter razões o suficiente para procurar por ajuda divina. O orçamento de “A Volta do Todo Poderos”, um filme cheio de efeitos especiais elaborados, foi estimado em mais de US$175 milhões, embora o estúdio não confirme esse número.
fonte: Último Segundo
colaboração: Rodney Eloy
29.5.07
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