Apenas de relance, José Nilson, o filósofo brasileiro, se pôs a pensar sobre a negação de Hugo Chávez de renovar a concessão da RCTV, que era crítica à agenda política do governo venezuelano e o único meio de comunicação de alcance nacional não alinhado à ideologia chavista.
“Bom”, pensou José Nilson, “Chávez se diz revolucionário e gosta de distribuir textos de Karl Marx para pessoas que perguntam sobre seu governo. Pelo que me lembro, Marx acreditava na dialética como um método de análise da realidade, que era uma relação dos contrários, e que a história se desenrola dialeticamente… etc e etc. Por que será que todo político que diz admirar Marx e diz ‘usá-lo’ como diretriz de governo (Chavéz, Mao, Fidel, Stalin…), ao assumir o poder querem acabar com o contrário, com a oposição? Well, dialética na propriedade privada dos outros é refresco. Mas o que eu acho mesmo é que eles devem ter medo dessa tal da dialética, porque sempre querem matá-la, acabando com o que e quem não afirma a afirmação. Ao acreditarem que são o ápice da história, a vaidade é tão grande que não suportam saber que eles são como nós: simplesmente mais um.”
Um comentário:
Dialética sim, apoio aos inimigos do povo não... A dialética do amigo filósofo perdeu e perde o trem da história. E isso que ele descreve não é dialética. É filosofia capitalética. Usar o poder da mídia para dar golpe de Estado, como quase aconteceu na Venezuela, com o apoio claro e singelo dos EUA, não é dialética... tem outro nome, mas eu sou educada e não gosto de palavras de baixo calão...
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