Ouvi, ainda hoje, uma correspondete (sic) da rádio Europa 1, falando sobre a Igreja católica no Brasil, domesticada pelo Vaticano, depois de terem sido punidos ou marginalizados os padres da teologia da libertação, como Leonardo Boff. Uma Igreja que não tem mais nada a ver com a Igreja dos anos 60, do Brasil Urgente, dos padres Tito, Beto e Josafá.
Enquanto os protestantes presbiterianos montavam IPMs nos seminários e nas igrejas em apoio aos militares, os dominicanos eram presos, torturados ou fugiam porque defendiam as reformas de base e eram contra da ditadura. Ainda hoje uma minoria mal vista apoia o MST e os movimentos sociais, mas não são eles a Igreja, pesada, antiquada, reacionária como um mamute sobrevivendo com dificuldade.
Uma Igreja que se torna cúmplice ao vetar o preservativo na luta contra o virus da Aids, que é contra a emancipação da mulher e que defende o nascimento de crianças geradas num estupro. Que deseja retornar ao mistério do latim, depois das aberturas do Vaticano II e que, na Polônia, defende a beatice, a fascita (sic) lei descomunizante, o retorno ao obscurantismo. Nada de se estranhar a explosão do evangelismo no Brasil com quase 30%. Na sua viagem ao Brasil, o Papa deveria pensar numa modernização, para sair do medievalismo bem tipificado com sua guarda suíça de trajes de circo.
trecho de "Uma igreja fora da realidade", texto de Rui Martins no site Direto da Redação.
11.5.07
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