Quanto à alma dos fiéis, são diferenças que contam. O papa Bento 16 disse no documento "Sacramentum Caritatis" (Sacramento do Amor) que o segundo casamento é "praga do ambiente social"? Sem conflitos, 74% dos católicos dizem ser favoráveis ao divórcio (três pontos percentuais a mais do que a média nacional). Entre os evangélicos, o índice cai a 59%.
A Igreja Católica acha que o uso de preservativos favorece a promiscuidade por contrariar a idéia de que o sexo deve ser praticado só com fim reprodutivo? Mas 94% dos católicos apóiam o uso de camisinhas, mais que os evangélicos, cujas autoridades são em sua maioria a favor.
O papa acha que união civil de pessoas do mesmo sexo é aberração? Tss, tss (sic). Já 46% dos católicos são favoráveis a ela; nos evangélicos, que causam horror à militância gay ao manter cursos para "a cura" da homossexualidade, só 22% .
Romano cita Elias Canetti -"não existe procissão correndo"- para explicar como a igreja tende a lidar com a insurgência evangélica no cenário religioso do país: "No seu ritmo, e não no dos seus adversários".
A Igreja Católica tem 2.000 anos e tem apanhado desde o século 16, com a Reforma Protestante, até hoje, com a concorrência com as denominações evangélicas e o islamismo. "E tem resistido, um verdadeiro milagre. A maior prova da divindade da Igreja Católica é que o homem ainda não conseguiu acabar com ela", diz Romano.
fonte: Folha de S.Paulo
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