Boa, muito boa mesmo, a coluna de hoje do supercoleguinha Artur Xexéo, n''o Globo, sobre Roberto Carlos. O censor-cantor, tentando passar uma imagem de defensor da ecologia, acenou com a possibilidade de reciclar os cerca de 11 mil exemplares de sua biografia, escrita por Paulo Cesar de Araújo, que, a seu pedido, a Justiça mandou recolher.
Leia um trecho:
"Roberto Carlos se preocupa com a ecologia. Nunca ouvi o artista criticando os governos que não assinaram o Protocolo de Kyoto. Nem cobrar da indústria automobilística o desenvolvimento tecnológico que reduza a emissão de gases que provocam o efeito-estufa. Mas uma vez, há muito tempo, por sinal, ele compôs uma canção que falava das baleias. Roberto Carlos era contra a matança indiscriminada do supermamífero. Pronto: estava criada a imagem de um artista preocupado com a causa ecológica. A hipótese de reciclar o papel do livro que ele proibiu serviria para dar uma atualizada neste perfil.
Bobagem. Na hipótese de não ser possível reciclar o papel - o que impediria? - Roberto assumiu que o destino dos livros seria a fogueira mesmo. A repercussão do acordo não deve estar fazendo bem a Roberto Carlos. Ele não está sendo visto como um homem que se preocupa com a preservação da natureza. Mas sim como um artista que investe no obscurantismo, promove a censura e cerceia a liberdade de expressão. Reciclar papel é o menos importante dessa história."
fonte: blog do Ancelmo
11.5.07
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