28.5.07

O custo da fofoca

Um levantamento realizado com trabalhadores britânicos estimou o custo da fofoca e de outras interrupções aparentemente inofensivas de trabalho, como problemas de computador, simulações de incêndio e atrasos de dez minutos.

Em um país onde é comum que os empregados se queixem das longas horas passadas no escritório, a consultoria de recursos humanos Office Angels disse que foi "surpreendente" descobrir que tais desperdícios chegam a uma média individual de 13 dias úteis de trabalho por ano - quase três semanas da jornada de trabalho.

Dos cerca de 28,9 milhões de trabalhadores britânicos, um porcentual equivalente a 13% admitiu gastar pelo menos duas horas semanais fofocando com os colegas, revelou a pesquisa.

Nos cálculos da consultoria, os britânicos gastam 7,4 milhões de horas semanais nesta atividade. Como o salário médio na Grã-Bretanha é de 11,71 libras por hora, o estudo concluiu que as empresas perdem mais de 86 milhões de libras por ano (cerca de R$ 345 milhões). A mesma quantia é perdida em encontros que foram descritos como "inúteis" - como reuniões para rediscutir cronogramas de reuniões.

Segundo a pesquisa, 8 milhões de horas são gastas por semana com problemas de computadores na Grã-Bretanha, onde 59% dos entrevistados disse gastar pelo menos 30 minutos por semana reiniciando suas máquinas.

Mas o grande responsável pela perda de tempo, disse a consultoria, são as chamadas "táticas de adiamento" dos funcionários: navegar pela Internet, perder-se em digressões e pensamentos ou simplesmente fazer café para os colegas.

Com base nesses números, o estudo estimou que a perda econômica da economia britânica chega a 6,85 bilhões de libras esterlinas - ou cerca de R$ 27 bilhões - por ano.

fonte: UOL

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, sim, claro... produzir o máximo, desumanizar, colocar todo mundo no cabresto... somos seres humanos? Se sosmos, esqueçam: para o capitalismo, devemos ser robôs. Conversar e socializar é "fofocar". Descansar um ppouco, ter uma pausa é dinheiro perdido. Como dizia Karl Marx, esta é a "reificação" (do Latim "res", coisa. Como "República", a coisa pública, que jé perdeu seu sentido há muito) do ser humano. Todos temos um preço. Nossa força de trabalho tem um preço. Somos "coisas" a serviço do lucro e do capital. É isso aí! Parabéns pelo texto esclarecedor.

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