8.6.07

Irmãs sob suspeita (2)

Documentos a que O Estado teve acessomostram que a ex-deputada e secretária Telma Pinheiro (Cidades) é aposentada por invalidez desde 1992, como professora do Centro Federalde Educação Tecnológica (Cefet). Ela foi aposentadacom proventos integrais dia 3 de agostode 1992, segundo portaria nº 273 assinada pelo então diretor do Cefet, Celso Jorge Pires Leal - há 15 anos, portanto.

O problema alegado para a aposentadoria de Telma Pinheiro foi “disfonia irreversível”, ou seja, problemas nas cordas vocais que prejudicavam sua fala. Ela teve, inclusive, que extirpar um nódulo na traquéia, segundo laudo médico expedido à época.

O curioso, porém, é que depois da aposentadoria ela se elegeu vereadora e deputada por dois mandatos. A atividade política exige bastanteda fala por causa dos discursos que o parlamentar tem que fazer diariamente.

A ex-deputada também é membro da Assembléia de Deus e freqüenta os cultos da igreja semanalmente, sendo que algumas vezes tem de discursar aos presentes. Como secretária, ela participa de reuniões e palestras.

Ano passado, por determinação do Tribunalde Contas da União (TCU), o atual diretor doCefet, José Ferreira Costa, reviu a aposentadoria da secretária. Ela deixou apenas de receber proventos integrais para perceber proventos proporcionaisa 17/30 avos. Por conta da mudança,Telma Pinheiro não teve que fazer nenhum tipo de ressarcimento aos cofres da União.

O Estado tentou contato com a secretária ontem, sem sucesso. Seu telefone celular estava desligado. A assessora da direção do Cefet, Valquíria Maria Martins, explicou que o processo da ex-professora passou por todos os trâmites legais e foi aprovado pelo TCU, inclusive com todos os laudos médicos. Ela explicou que a beneficiária não teve que ressarcir o erário em decorrênciada mudança de seu regime de aposentadoria, porque no TCU existe uma súmula(orientação) que trata da presunção da boa-fé.

Segundo Valquíria Martins, isso significaque o servidor não tem de ser prejudicado financeiramente com uma ação feita pelo Estado, ou seja, a responsabilidade pela aposentadoria não é da servidora, mas do Cefet e doTCU. A assessora, no entanto, não soube explicar como a direção do Cefet não questionou o fato de Telma Pinheiro exercer por 15 anos atividades normais como vereadora, deputada e secretária mesmo sendo declarada “inválida” para o trabalho.

fonte: O Estado do Maranhão
colaboração: Mayalu Felix

Boa-fé? Que fé é essa, irmã Telma?

Um comentário:

Anônimo disse...

Há cerca de um ano, antes das últimas eleições, houve um evento de jovens da Assembléia de Deus do Maranhão.

Foi em um ginásio de esportes, que estava lotado. Qual não foi minha surpresa ao ver Roseana Sarney, convidada por Telma Pinheiro (que hoje integra o governo de Jackson Lago), falando!

Havia uns meses a então deputada estadual Telma havia votado contra os professores em uma questão delicadí­ssima, que envolvia um acordo feito com o governador.

Comentou-se em todo o Estado que os deputados que votaram a favor do Governo receberam, cada um, R$100.000,00. Foi escandaloso, houve 72 dias de greve.

Muita gente apanhou da polícia. Aqui a PM bate em todo mundo. PAo final do evento, falei com a deputada e disse que ela havia sido eleita pelo povo para legislar a favor do povo, e não contra; que ela, como cristã, deveria agir com honestidade; que eu me envergonhava de suas atitudes na Ass. Legislativa.

Pois bem, ela se candidatou a deputada federal, nessas últimas eleições e perdeu. Mas veja só...

Ela se aliou ao Governo Jackson, ao qual se opunha e hoje é titular de duas secretarias, com mais de 30 cargos comissionados. Já se sabe que 25 deles são ocupados por familiares.

E agora, esse escândalo...

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