Líderes do G-8, as nações mais industrializadas, vão se encontrar novamente e discutir a situação do mundo, como de costume. Há dois anos eles prometeram aumentar a ajuda humanitária aos países mais pobres para US$ 50 bilhões por ano. Ficou na promessa. O jornal inglês “The Independent” resolveu fazer umas continhas e mostrar, com comparações inusitadas, o quão pouco os mais ricos despendem em prol dos mais necessitados.
Segundo a reportagem, os ingleses gastam em vinho e champanhe o dobro do que o governo inglês com ajuda humanitária. O montante usado pelas alemãs com sapatos é um pouco maior do que a Alemanha injeta nos países mais pobres. O orçamento francês para isso é uma parcela do dinheiro destinada pelas francesas para comprar perfume. E, no caso do Canadá, é metade do que sua população enxuga em cerveja. Sem contar os italianos, que torram mais em sorvete do que seu governo em ajuda externa.
Luiz Antonio Ryff, no blog Nonsense.
5.6.07
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Um comentário:
OK, e onde estão as fábricas das principais empresas desses países? Sim, aqui, na Índia, na China, e em outros países do hemisfério sul, onde o trabalho é explorado e custa baratinho. Na Índia até crianças trabalham, para a Nike, costurando bolas de futebol (e devem trabalhar para outras multinacionais, também). Lucram às custas do nosso suor, são sanguessugas, seus países de origem se sustentam com o pagamento dos juros das eternas dívidas externas, cujas auditorias jamais foram realizadas. Algumas empresas, aqui no Brasil, têm fazendas onde se descobriu trabalho escravo. E quando chegam por aqui a gente se ajoelha e dá graças a Deus porque a empresa multinacional joga duro, mas vai gerar empregos, mesmo pagando menos de um décimo do que se paga a um trabalhador europeu ou norte-americano para fazer o mesmíssimo trabalho. E alguns Estados ainda cortam impostos, na famosa "guerra fiscal". Privilégios para os superprivilegiados. Então, de repente, sem mais nem menos, decidem demitir centenas de trabalhadores, pais de família, como fez a Volkswagen em São Paulo, recentemente. E aí a gente acha o Chávez um ditador (e ele foi eleito!), um absurdo, um verdugo. Eu me pergunto: meu Deus, será que é tão difícil assim de enxergar???
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