18.6.07

Perigo à vista... e a prazo

Imagine a dificuldade de montar uma equipe para um novo empreendimento, ao descobrir que seis em cada dez empregados que contratou não são dignos de confiança? Isso pode se tornar realidade, em breve, no mercado de trabalho, segundo estudo feito pelo Josephson Institute of Ethics. Uma pesquisa com 36.122 estudantes do nível médio descobriu que 61% dos jovens haviam trapaceado em provas no ano anterior, 39% tinham mentido por dinheiro e 28% tinham roubado mercadorias ou dinheiro em Lojas.

Esses estudantes representam a próxima geração de líderes. Seus futuros empregadores precisam saber do risco potencial que essa geração vindoura representa para sua cultura corporativa. Parece não ser realista ou prático, presumir que, a desonestidade predominante em instituições educacionais vai desaparecer de repente, assim que esses jovens entrarem no mercado de trabalho.

O estudo citado ressalta o fato que apenas 2% desses trapaceiros e mentirosos foram apanhados e apenas a metade recebeu algum tipo de punição. Os restantes 98% — é razoável concluir — têm pouco ou nenhum motivo para crer que condutas antiéticas não são aceitáveis.

Por não ter sido exigido desses jovens enfrentar as conseqüências decorrentes de comportamentos antiéticos ou desonestos, a possibilidade que venham, de alguma maneira, a trapacear novamente, é muito alta. Eles simplesmente presumem que seus mal-feitos não serão detectados. Alguns, de fato, se tornarão mais ousados e dispostos a correr ainda maiores riscos — tudo para alcançarem seus objetivos egoístas, mesmo que tais ações comprometam as organizações que os empregar.

Por causa dessa realidade nebulosa do mercado de trabalho, desafios significativos surgirão na contratação de profissionais. A habilidade para detectar características positivas e confiáveis nos candidatos se tornará crucial, para constituir um ambiente de trabalho que promova altos níveis de integridade e padrões éticos. A arte de contratar profissionais de qualidade se tornará mais complexa, mas o esforço adicional, certamente renderá altos dividendos, no competitivo ambiente organizacional.

No livro de Êxodo 18, Jetro deu ao genro Moisés sábios conselhos sobre o tipo de pessoas que ele deveria empregar. “Escolha dentre todo o povo homens capazes, tementes a Deus, dignos de confiança e inimigos do ganho desonesto. Estabeleça-os como chefes de mil, de cem, de cinqüenta e de dez” (18.21).

O difícil nesse conselho consistia em determinar quem se encaixava nesse critério. Entretanto, saber antecipadamente que qualidades procurar ajuda bastante. Todos queremos que homens e mulheres “capazes” trabalhem para nós — indivíduos que reconheçam padrões morais e éticos mais elevados que os seus. Queremos pessoas que atinjam o sucesso e a excelência, sem o emprego de práticas desonestas.

Se sua função é contratar profissionais, lhe recomendo rever e implementar o conselho de Jetro. Se o fizer é provável que seja capaz de contratar empregados entre os 39% que permaneceram dignos de confiança, em vez dos 61% que poderão custar bem caro, pelos traços de caráter desonestos e antiéticos.


texto de Rick Boxx no Maná da segunda.
tradução: Mércia Padovani

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