23.7.07

Homem-chavão desempregado

Não tem coisa que incomode mais um entrevistador do que ouvir do candidato a uma vaga de emprego clichês como "Meu maior defeito é ser perfeccionista". Ou então:"Meu problema é que fico muito ansioso quando tenho prazos diversos para diferentes tarefas".

Cada vez mais, os consultores e profissionais de RH fazem perguntas que levam o candidato a fugir do lugar-comum. Com isso, os recrutadores querem reduzir ao máximo a margem de erro, evitando a demissão do profissional meses após a contratação. Também desejam surpreender os candidatos, já que eles chegam cada vez mais preparados para a entrevista. Isso exige do recrutador um esforço adicional para diferenciar um bom candidato daquele que apenas decorou meia dúzia de respostas prontas.

O consultor Luiz Carlos de Queirós Cabrera, sócio da empresa de contratação de executivos PMC Consultores, de São Paulo, acredita que o conceito de competências do profissional é histórico, ou seja, construído ao longo da vida. Por isso, quando entrevista um candidato, Cabrera faz uma espécie de regressão com o profissional. Ele costuma perguntar ao candidato: "Qual a profissão do seu pai? Como ele conheceu sua mãe? Como eles escolheram a escola em que você estudou?".

Ao levar o bate-papo da entrevista de emprego para assuntos inesperados, Cabrera consegue perceber com maior clareza a capacidade de comunicação, argumentação e o histórico de vida e profissional do candidato. Assim, crescem as chances de que o casamento entre empresa e empregado seja bem-sucedido.

trecho de matéria publicada na Você S/A.

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