13.7.07

Tu no teu cantinho

A Igreja Católica é, sempre foi e sempre será a "única verdadeira igreja de Cristo". A afirmação faz parte de um documento divulgado nesta terça-feira pelo Vaticano, que tenta esclarecer o que chama de "interpretações desviantes e em descontinuidade com a doutrina católica tradicional sobre a natureza da Igreja".

O texto desta terça-feira comenta um trecho do documento Iumem Gentium, do Concílio Vaticano II (1962-1965). Naquela ocasião, o Vaticano divulgou que a única igreja de Cristo "subsiste" na Igreja Católica. O novo texto, divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé, diz que a palavra subsistir foi usada para "exprimir a singularidade e não a multiplicabilidade da Igreja de Cristo". "A Igreja existe como único sujeito na realidade histórica", afirma o documento.

Intitulado "Repostas a Questões Relativas a Alguns Aspectos da Doutrina Sobre a Igreja", o texto divulgado pelo Vaticano também lembra da notificação feita pela própria Congregação para a Doutrina da Fé ao teólogo brasileiro Leonardo Boff, que escreveu que a igreja única de Cristo "pode também subsistir noutras igrejas cristãs". Na época, Boff foi punido pela afirmação.

A Federação das Igrejas Evangélicas na Itália e a Igreja Valdese criticaram o documento divulgado pelo Vaticano. "É um passo atrás nas relações entre a Igreja Romana e as outras comunidades cristãs", afirmou o pastor Domenico Maselli, presidente da Federação de Igrejas Evangélicas na Itália.

O pastor protestante acrescentou que, para a Santa Sé, o único modo de conseguir a unidade dos cristãos "seria entrar na Igreja Católica Romana". Apesar das críticas, Maselli se mostrou a favor de dar continuidade ao diálogo ecumênico.

Para a Igreja Valdese, o documento demonstra a "idéia monopolista do cristianismo" que a Igreja Católica tem, uma idéia "que irrita e é difícil de digerir". "É um duro ataque à identidade dos outros, uma verdadeira e própria negação", afirmou o teólogo Paolo Ricca à imprensa italiana, afirmando que o tratamento que a Santa Sé dá às Igrejas que surgiram com a Reforma Protestante é de "terceira categoria".

fonte: Veja Online
colaboração: Ana César e Maurício Boehme.

2 comentários:

luciana disse...

Verdade é que nada que vem do Vaticano me atinge.
Não reconheço a autoridade do Papa sobre minha vida e nem sobre nada do que é meu.

Respeito meus amigos católicos e os amo, mas cada um na sua.
Nada de mistura, uma coisa é uma coisa e outra coisa é "bem outra coisa"

Pensando melhor, nenhum de meus amigos católicos frequentam missa, mas todos são envolvidos com espiritismo.

"O amor e o respeito são pra todos "

Anônimo disse...

Control+S e Control+B também salvam :-)

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