1.8.07

Conversa (a)fiada

Os meios de informação e comunicação julgam ter tomado o lugar dos deuses e da natureza e por isso são onipotentes – ou melhor, acreditam-se onipotentes. Penso que a mídia absorve esse aspecto metafísico das novas tecnologias, o transforma em ideologia e se coloca a si mesma como poder criador de realidade: o mundo é o que está na tela da televisão, do computador ou do celular.

A “crise aérea” a partir da encenação espetacularizada da tragédia do acidente do avião da TAM é um caso exemplar de criação de “realidade”. Mas essa onipotência da mídia tem sido contestada socialmente, politicamente e artisticamente: o que se passa hoje no Iraque, a revolta dos jovens franceses de origem africana e oriental, o fracasso do golpe contra Chavez, na Venezuela, a “crise do mensalão” e a “crise aérea”, no Brasil, um livro como “O apanhador [sic] de pipas” ou um filme como “Filhos da Esperança” são bons exemplos da contestação dessa onipotência midiática fundada na tecnologia do virtual.

Marilena Chauí, em texto que saiu no site Conversa afiada, do Paulo Henrique Amorim. Para a filósofa, a mídia inventou a crise aérea.

2 comentários:

Anônimo disse...

Só faltou dizer que o Lula não sabia de nada.

Ricardo [DIVERSITÀ] disse...

Só faltou dizer que Marilena Chauí é petista rocha, né? Hoje ela só vive uma fase do "me engana q eu gosto".

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