A Igreja Renascer em Cristo, encabeçada pelo casal Estevam e Sonia Hernandes, condenado a 10 meses de reclusão nos Estados Unidos por contrabando de divisas, emitiu nota comentando a decisão da na Corte Federal em Miami. O casal estava sendo processado desde janeiro, quando chegou aos EUA com US$ 56 mil não declarados.
"Nós continuamos orando, praticando boas obras, auxiliando o próximo, combatendo o bom combate. Nós oramos por nosso Apóstolo e nossa Bispa, sabedores de que, cumprida a sentença, estarão de volta para nos orientar de perto", diz a nota o ficial da Renascer.
"Agradecemos, neste momento difícil por que estamos passando, a solidariedade que recebemos de nossos fiéis; a solidariedade de tanta gente de Deus, nossos irmãos que, mesmo sem fazer parte da Renascer, estão declaradamente ao nosso lado", conclui o texto.
Os Hernandes cumprirão a pena em duas fases, sendo 5 meses na cadeia e 5 meses de prisão domiciliar, descontados os dez dias que já ficaram presos. No total, serão 140 dias atrás das grades para cada um. Atendendo a pedido dos advogados do casal, a pena será cumprida de forma alternada: Estevam se entrega na próxima segunda-feira e cumpre a sentença até 20 de janeiro. Sonia se entrega dia 21 de janeiro e cumpre seus 140 dias a partir daí.
Além disso, eles ficarão dois anos sob liberdade condicional - sem poder deixar os Estados Unidos.
O dinheiro que deu origem ao processo será confiscado, e cada um dos dois terá de pagar multa de US$ 30 mil.
fonte: Estadão
17.8.07
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6 comentários:
Lamento muito tudo isso.
Um ministério que começou tão lindo e no meio do caminho se perdeu, a unção foi derramando até chegar onde chegou.
Espero que reavaliem e achem o ponto onde foi que Jesus deixou de estar caminhando junto.
E que a glória da segunda casa seje melhor que a primeira.
Os fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, apóstolo Estevam Hernandes Filho, 53, e sua mulher, bispa Sônia Hernandes, 48, foram condenados pela Justiça americana a 140 dias de reclusão, mais cinco meses de prisão domiciliar e dois anos de liberdade condicional pelos crimes de conspiração para contrabando de dinheiro e contrabando de dinheiro. Além disso, cada um foi multado em US$ 30 mil.
Em junho, eles fizeram acordo com a promotoria e se declararam culpados, renunciando ao direito de ir a júri popular e de recorrer do veredicto.
Estevam deve se entregar na segunda-feira até o meio-dia. Cumprirá a pena de reclusão no presídio FCI (Instituto Correcional Federal), no centro de Miami, ao lado do tribunal onde foi anunciada a sentença pelo juiz Federico Moreno.
"Poderia ter sido bem pior", disse Moreno aos réus quando eles começaram a chorar após a sentença. A pena prevista para cada um dos crimes é de cinco anos de prisão e multa de até US$ 250 mil. O acordo costurado entre promotoria e defesa era de dez a 16 meses de prisão -ou seja, o casal foi condenado à mínima pena possível.
Para que sua família não fique "desamparada", o juiz permitiu que Estevam e Sônia cumpram a reclusão alternadamente.
Entrou em vigor ontem a prisão domiciliar da bispa, que não pode deixar sua residência, em um condomínio de luxo em Boca Ratón (Flórida). Em 21 de janeiro de 2008, duas semanas após o apóstolo seguir para casa, é a vez de Sônia rumar para uma penitenciária. O período de condicional, durante o qual eles não podem sair dos EUA sem autorização da Justiça, começou a contar ontem. Após a reclusão e a prisão domiciliar, restarão 14 meses de liberdade supervisionada.
"O que fizeram é algo que não se espera de pessoas religiosas. Fico pensando se lhes deveria ser dada uma sentença mais severa por conta disso", disse Moreno durante a fase de comentários da defesa e da acusação.
O fato de os dois esconderem que portavam US$ 56.467 quando viajavam de São Paulo a Miami, em janeiro, era importante, segundo o juiz. "Como não há nenhuma condenação contra eles no Brasil, vou assumir que a origem do dinheiro é lícita. Esse é um assunto para as autoridades brasileiras conduzirem", disse Moreno.
Moreno descontou do tempo de reclusão -inicialmente, cinco meses- os dez dias em que os dois ficaram presos logo após serem pegos em flagrante na alfândega, onde deveriam ter informado que carregavam mais de US$ 10 mil em espécie. Mas não acatou a solicitação da defesa de descontar também esses sete meses nos quais, enquanto aguardavam o julgamento, ficaram sob liberdade condicional. "Não me diga que ficar no conforto da sua casa, rodeado dos familiares, é a mesma coisa que cumprir pena no presídio", disse o juiz.
Antes da sentença, o casal pediu "misericórdia" diversas vezes. "Tenho um profundo arrependimento na minha vida. Mas o senhor, como Deus, pode perdoar", clamou Sônia ao juiz aos prantos. "Queremos continuar a nossa missão de abençoar vidas", afirmou Estevam. Após a sentença, nem o casal nem seus advogados falaram.
fonte: Folha de S.Paulo
Documentos da condenação do casal Hernandes nos EUA serão enviados ao Ministério Público de São Paulo nos próximos dias e deverão influenciar nas ações que correm na Justiça brasileira, avalia o promotor Arthur Lemos, do Gaeco. "A confissão do casal para os crimes de lá são forte indício de que eles cometeram também os crimes daqui", diz.
fonte: Folha de S.Paulo
A Igreja Renascer em Cristo afirmou ontem, em nota, que "continua de pé". O advogado do casal no Brasil, o presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, não quis se manifestar.
Leia a íntegra da nota:
"Diante da decisão final da Justiça americana, a Igreja Apostólica Renascer em Cristo reafirma sua fé em melhores tempos.
Nós continuamos orando, praticando boas obras, auxiliando o próximo, combatendo o bom combate. Nós oramos por nosso Apóstolo e nossa Bispa, sabedores de que, cumprida a sentença, estarão de volta para nos orientar de perto. Eles sabem que, até seu retorno, seus irmãos, seu povo, seu rebanho continuam seguindo os caminhos que nos indicaram. Nós continuamos de pé. A Renascer vive.
Agradecemos, neste momento difícil por que estamos passando, a solidariedade que recebemos de nossos fiéis; a solidariedade de tanta gente de Deus, nossos irmãos que, mesmo sem fazer parte da Renascer, estão declaradamente ao nosso lado."
fonte: Folha de S.Paulo
Cerca de 40 pessoas, entre familiares e fiéis, ouviram o veredicto do juiz. Pela manhã o clima era de otimismo (alguns planejavam uma festa), mas o casal evitava o "já ganhou".
Todos olhavam com desconfiança os jornalistas presentes. Quando o juiz interrompeu a sessão, por volta do meio-dia, o grupo de apoio aos réus adotou uma estratégia bem-humorada para evitar que a TV Globo os filmasse a caminho do almoço: cercou o casal e começou a fazer a famigerada "Dança do Siri", coreografia do programa "Pânico na TV", que oferece prêmios para quem a executa diante das câmeras da Globo.
Na volta, duas repórteres acomodaram-se atrás de Estevam e Sônia. "Vocês podem por favor sentar mais atrás?", pediu Sandra, empresária seguidora do casal: "Estamos aqui intercedendo por eles".
"Eu não tenho nada contra, na verdade sou até bastante religiosa...", respondeu uma jornalista. "Eu não sou religiosa, sou uma serva do Deus vivo", retrucou Sandra, ríspida, que não parava de recitar orações ("Satanás se afasta ao som da sua voz") e repreendeu as jornalistas: "Parem de falar, estamos orando!" "Você faz o seu trabalho e nós fazemos o nosso", retrucou outra repórter.
Soluços e lágrimas tomaram conta do ambiente quando o juiz anunciou a pena. Filhos e sobrinhos se desesperaram. "Ninguém esperava isso", disse Gisele Costa, vizinha do casal.
fonte: Folha de S.Paulo
Pelo menos nos Estados Unidos o Casal Estevam e Sonia Hernandes cumprirão alguma pena, visto que no Brasil, o que os espera é a impunidade e o favorecimento aos que têm dinheiro para se livrar da cadeia.
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